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Cármen Lúcia defende transferência de líderes de facções para unidades federais

17/10/2016 23h55

São Paulo, 17 (AE) - A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, que também está à frente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), chamou a atenção para a crise dos presídios brasileiros em entrevista ao programa Roda Vida, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (17).

Sem citar as rebeliões ocorridas desde domingo, ela defendeu que os líderes de facções criminosas que estão presos sejam deslocados imediatamente para unidades prisionais específicas. Nos últimos dois dias, houve registro de rebeliões em pelo menos em três Estados. Em Roraima, o governo local confirmou a morte de 10 presidiários em um confronto entre integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV).

"Temos quatro presídios federais nos quais se acolhem essas pessoas, exatamente para retirar essa influência que irradia sobre todos os outros. Enquanto eles estiverem no comando, mesmo dentro da penitenciária, vamos continuar tendo problemas graves a serem enfrentados", afirmou. Ela destacou que o Estado vai precisar assumir o "combate" contra o crime organizado no sistema prisional brasileiro.

Cármen Lúcia voltou a defender ainda o fim de partos dentro de presídios. "A Lei do Ventre Livre tem que valer no Brasil em 2016", disse. A ministra afirmou que a partir desta semana vai visitar unidades prisionais.