SP oferece R$ 50 mil por informações sobre assassinos de camelô
A iniciativa faz parte de uma parceria da pasta com o Instituto São Paulo Contra a Violência. O valor divulgado é o máximo que pode ser pago para um denunciante. O sigilo é garantido e quem se interessar dar informações deve acessar o site da Secretaria.
Segundo a Polícia Civil, os dois suspeitos brigaram com uma travesti e a agrediram na noite de Natal. Ruas tentou apartar a briga, mas começou a ser espancado pela dupla. Ele chegou a correr para dentro da estação, mas não conseguiu fugir.
Imagens gravadas pelas câmeras de segurança mostram que o vendedor foi agredido com socos e chutes n a cabeça e as agressões continuaram mesmo quando ele já estava desacordado.
Nesta terça-feira, 27, a Justiça decretou a prisão temporária dos acusados por 30 dias. Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, diretor do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade), um dos suspeitos estava urinando próximo do metrô quando foi repreendido por uma travesti. "Começou uma discussão e logo os dois suspeitos começaram com as agressões", disse.
Gonçalves contou que Ruas tentou apartar a briga, mas acabou agredido. "Estamos com 35 investigadores trabalhando na captura desses bandidos. Todos os esforços estão sendo feitos para botar esses dois moleques na cadeia. São uns covardes", afirmou o delegado.
Protesto
À tarde, o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, e integrantes do grupo LGTB, Família Stronger, fizeram um protesto na estação Pedro 2.º e, depois, se reuniram com o delegado Gonçalves. "Houve um assassinato, um crime bárbaro", disse o padre.
"Eles perseguiram um travesti. Depois, espancaram um negro, pai de família, até a morte. Se não exigirmos Justiça, nada será feito", disse Luiz Fernando Uchôa, integrante do grupo.
Versão dos acusados
O advogado dos acusados, Marcolino Nunes Pinho, informou que irá apresentar os clientes à polícia se a prisão for revogada pela Justiça. Nesta quarta-feira, 28, ele irá fazer o pedido. Na versão dos acusados, Santos teve o celular roubado e começou a discutir com um travesti que teria participado do roubo. "O Alípio contou que o Ruas deu uma garrafada na cabeça dele e aí começaram as agressões". Na versão do defensor, não houve assassinato, mas uma "lesão corporal seguida de morte."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.