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Marcola e outras 12 lideranças do PCC deixam prisão de rigor máximo

Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como chefe do PCC, em foto de 2006 - Rogério Cassimiro/Folhapress
Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como chefe do PCC, em foto de 2006 Imagem: Rogério Cassimiro/Folhapress

José Maria Tomazela

11/12/2017 19h30

O detento Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o chefe principal da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), deixou nesta segunda-feira (11) o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) do Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo. Ele e outros 12 presos ligados à facção foram levados de volta à Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2, em Presidente Venceslau, na mesma região.

De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), a transferência ocorreu em razão do decurso do prazo máximo de 360 dias em que os presos podem ficar em regime disciplinar especial, conforme a legislação brasileira.

O RDD é o regime mais rigoroso do sistema prisional brasileiro. Marcola e os outros presos foram transferidos para o "castigo" após as investigações realizadas pelo Ministério Público Estadual e Polícia Civil no âmbito da Operação Ethos, que apurou um esquema de envolvimento criminoso entre advogados e integrantes da facção. Na ocasião, ao menos 30 advogados foram presos.

No regime diferenciado, os presos ficam em celas individuais, sem acesso a qualquer meio de comunicação e sem direito a visita íntima. Eles não têm contato entre si, nem com visitantes. O banho de sol é restrito a duas horas por dia.

De acordo com a SAP, a transferência foi realizada sem incidentes. A P2 de Presidente Venceslau é unidade de segurança máxima e está com 813 presos, abaixo da capacidade de 1.280 detentos.

Biroska

No último dia 5, o traficante de drogas Edilson Borges Nogueira, o Biroska, foi assassinado a golpes de estilete na P2. Ele havia sido um dos líderes e financiadores do PCC, tendo chegado à cúpula da organização criminosa. Dois outros presos foram acusados pelo crime.

O assassinato aconteceu em meio à revelação feita pelo procurador de Justiça Márcio Sérgio Christino de que Marcola teria sido informante da polícia, entregando antigos líderes da facção para assumir o poder.