Tavecchio pede desculpas por comentário racista
ROMA, 29 JUL (ANSA) - O vice-presidente da Federação Italiana de Futebol (Figc), Carlo Tavecchio, pediu desculpas pelo comentário racista que fez contra jogadores estrangeiros. "Eu fui infeliz, errei. Eu sinto muito e me desculpo", falou o dirigente após apresentar o calendário do futebol italiano para a próxima temporada. Porém, Tavecchio emendou que "posso falar com arrogância que poucos fizeram o que eu fiz pelo Terceiro Mundo. Acabei me tornando protagonista das primeiras páginas mais do que o Papa e a guerra na Palestina, e não estou acostumado".
Apesar do comentário, ele reafirmou à ANSA que irá continuar candidato à presidência da Figc. "Com o apoio da Liga, vou adiante com a minha candidatura à presidência da Federação", disse o dirigente.
A frase que gerou toda polêmica e indignação em dirigentes e jogadores italianos foi proferida em assembleia, quando tentava defender que os campeonatos da Itália devem ter mais jogadores italianos. "A questão de acolher é uma coisa, do futebol é outra. A Inglaterra avalia os sujeitos que entram no país, se são profissionais para jogar. Nós, ao invés disso, chega um 'Opti Pobá', que antes comia bananas, e é titular da Lazio. E está tudo bem assim. Na Inglaterra, é preciso mostrar seu currículo e seu 'pedigree'", declarou. A repercussão do fato fez com que a Fifa enviasse uma carta à Figc pedindo esclarecimentos sobre o episódio. Manifestações de dirigentes Tavecchio é o candidato da Liga, que reúne os clubes de futebol da primeira divisão, para as eleições de agosto. Porém, seu comentário causou um 'racha' entre os presidentes dos clubes italianos.
O presidente da Roma, James Pallotta, declarou que "reiteramos que essas declarações são constrangedoras e humilhantes para a Itália. Ele não representa a Itália e muito menos a Roma e não consigo entender como algum clube pode apoiá-lo. Ele não é nosso presidente para a Federação".
O grupo Mapei, dono do Sassuolo, declarou que retirou apoio à candidatura de Tavecchio para "se manter fiel aos valores que sempre pregaram no mundo do esporte". Já Luigi Ragazzoni, do Brescia, disse que "a polêmica declaração é fácil de superar, o erro dele foi falar um conceito que atingiu todos os jogadores de futebol".
O mandatário do Cesena, Giorgio Lugaresi, declarou que "todos os presidentes dos clubes da série A devem se sentir livres para votar a partir de hoje". Já o presidente da Sampdoria, Massimo Ferrero, pediu atitude à Liga. "Assim não se pode continuar. A Liga da Série A não pode fingir que não viu nada. Os presidentes devem rever suas posições o mais rápido possível", disse Ferrero.
Outro que se manifestou foi o mandatário da Fiorentina, Mario Congnigni, afirmando que o clube "para ser fiel com seus valores éticos e civis, ao saber das afirmações recentes de Tavecchio, tomou a decisão de não sustentar mais a sua candidatura".
O único clube a se manifestar favorável ao dirigente foi o Milan. O diretor esportivo da equipe, Adriano Galliani, declarou que "confirmamos absolutamente o apoio a Carlo Tavecchio para a presidência da Figc. Ele foi citado como racista porque foi um comentário, certamente, infeliz, mas nós o conhecemos muito bem".
Seu concorrente, Demetrio Albertini, postou no Twitter que, se eleito, "vamos adotar um posição clara na luta contra a discriminação, promoção da integração em contraste com a violência e a corrupção. As eleições, até o momento com dois candidatos, ocorrem no dia 11 de agosto. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Apesar do comentário, ele reafirmou à ANSA que irá continuar candidato à presidência da Figc. "Com o apoio da Liga, vou adiante com a minha candidatura à presidência da Federação", disse o dirigente.
A frase que gerou toda polêmica e indignação em dirigentes e jogadores italianos foi proferida em assembleia, quando tentava defender que os campeonatos da Itália devem ter mais jogadores italianos. "A questão de acolher é uma coisa, do futebol é outra. A Inglaterra avalia os sujeitos que entram no país, se são profissionais para jogar. Nós, ao invés disso, chega um 'Opti Pobá', que antes comia bananas, e é titular da Lazio. E está tudo bem assim. Na Inglaterra, é preciso mostrar seu currículo e seu 'pedigree'", declarou. A repercussão do fato fez com que a Fifa enviasse uma carta à Figc pedindo esclarecimentos sobre o episódio. Manifestações de dirigentes Tavecchio é o candidato da Liga, que reúne os clubes de futebol da primeira divisão, para as eleições de agosto. Porém, seu comentário causou um 'racha' entre os presidentes dos clubes italianos.
O presidente da Roma, James Pallotta, declarou que "reiteramos que essas declarações são constrangedoras e humilhantes para a Itália. Ele não representa a Itália e muito menos a Roma e não consigo entender como algum clube pode apoiá-lo. Ele não é nosso presidente para a Federação".
O grupo Mapei, dono do Sassuolo, declarou que retirou apoio à candidatura de Tavecchio para "se manter fiel aos valores que sempre pregaram no mundo do esporte". Já Luigi Ragazzoni, do Brescia, disse que "a polêmica declaração é fácil de superar, o erro dele foi falar um conceito que atingiu todos os jogadores de futebol".
O mandatário do Cesena, Giorgio Lugaresi, declarou que "todos os presidentes dos clubes da série A devem se sentir livres para votar a partir de hoje". Já o presidente da Sampdoria, Massimo Ferrero, pediu atitude à Liga. "Assim não se pode continuar. A Liga da Série A não pode fingir que não viu nada. Os presidentes devem rever suas posições o mais rápido possível", disse Ferrero.
Outro que se manifestou foi o mandatário da Fiorentina, Mario Congnigni, afirmando que o clube "para ser fiel com seus valores éticos e civis, ao saber das afirmações recentes de Tavecchio, tomou a decisão de não sustentar mais a sua candidatura".
O único clube a se manifestar favorável ao dirigente foi o Milan. O diretor esportivo da equipe, Adriano Galliani, declarou que "confirmamos absolutamente o apoio a Carlo Tavecchio para a presidência da Figc. Ele foi citado como racista porque foi um comentário, certamente, infeliz, mas nós o conhecemos muito bem".
Seu concorrente, Demetrio Albertini, postou no Twitter que, se eleito, "vamos adotar um posição clara na luta contra a discriminação, promoção da integração em contraste com a violência e a corrupção. As eleições, até o momento com dois candidatos, ocorrem no dia 11 de agosto. (ANSA)
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