Buscas por avião da Malaysia Airlines deslocam-se para área mais ao sul
Boeing 777 pode ter caído em região diferente da antes investigada e, "muito provavelmente", operava em piloto automático no momento da queda, afirmam autoridades australianas.
O avião da Malaysia Airlines que desapareceu em março no Oceano Índico pode ter caído mais ao sul da área onde as buscas estavam sendo realizadas, anunciaram autoridades australianas nesta quinta-feira (26/06).
Após uma análise mais detalhada dos dados disponíveis sobre o voo, o MH370, as buscas irão agora se concentrar num ponto diferente do arco em que a aeronave se comunicou com satélites pela última vez. “Baseados nesses cálculos, estamos mudando nossa atenção para uma área mais ao sul ao longo do arco”, afirmou Warren Truss, vice-primeiro-ministro da Austrália.
Dois navios irão mapear o fundo do mar da nova área de busca, com 60 quilômetros quadrados. A partir de agosto, serão utilizados sonares – equipamentos capazes de sondar até sete quilômetros abaixo da superfície do mar. O trabalho deve levar 12 meses para ser concluído.
A área de busca mudou diversas vezes desde o desaparecimento do Boeing 777, com as autoridades tentando encontrar sentido nos poucos dados disponíveis sobre o voo até que o avião sumisse dos radares.
De acordo com Truss, é "muito provável" que a aeronave estivesse operando em piloto automático no momento da queda. "Caso contrário, não teria efetuado a trajetória regular que foi identificada por satélites", disse Truss.
"Acreditamos que o avião tenha operado em piloto automático até ficar sem combustível", disse Martin Dolan, chefe da Agência Australiana de Segurança Aérea. Entretanto, não se sabe por que o piloto automático foi acionado num trajeto tão distante do destino original e quando exatamente ele começou a operar.
O Boeing 777 da Malaysia Airlines desapareceu com 239 pessoas a bordo em 8 de março, após ter descolado de Kuala Lumpur rumo a Pequim.
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