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Há 25 anos, World Wide Web era apresentada ao mundo

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Imagem: Getty Images

Rolf Wenkel

06/08/2016 14h01Atualizada em 06/08/2016 19h41

Computadores conectados globalmente em rede já existem, claro, há mais de 25 anos. Já na década de 1960, computadores nos Estados Unidos trocavam dados por meio de uma linha telefônica.

O primeiro servidor e o primeiro site que utilizaram o hoje habitual padrão "HyperText Transfer Protocol" (HTTP) ficaram online pouco antes do Natal de 1990, na Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (Cern), na Suíça.

Tudo graças ao físico britânico Tim Berners-Lee, que trabalhava naquela época no Cern. É dele o site que rodava no seu computador NeXT. Além disso, ele também desenvolveu o primeiro navegador e os padrões básicos, como o protocolo de transmissão e a linguagem de programação HTML.

Inicialmente, apenas os cientistas do local tinham acesso a essas inovações. Em 6 de agosto de 1991, Berners-Lee apresentou o conceito global da World Wide Web (WWW) em vários newsgroups, incluindo alt.hypertext. Hoje, esta é considerada a data a partir da qual a WWW foi disponibilizada ao público. Nascia a internet como a conhecemos hoje.

Fósforo num celeiro cheio de palha

Berners-Lee abriu mão de patenteamento e comercialização, garantindo, assim, a rápida implantação e desenvolvimento do seu projeto. "O que fiz, qualquer um poderia ter feito", diz hoje o pai da WWW.

A ideia de lançar a World Wide Web era como jogar um palito de fósforo em um celeiro cheio de palha. A web se espalhou, porque muitas pessoas contribuíram fortemente para que ela fosse aceita.

Muitos perguntam a Berners-Lee se ele não fica desapontado com o fato de a internet ter se tornado tão comercial. Ele não vê a coisa assim. "A internet deve ser um espaço universal --não devemos excluir área alguma."

Muitos me perguntam: 'você não fica decepcionado ao ver tanta besteira na web?' Mas ninguém é obrigado a ler tudo aquilo. A internet é, no geral, apenas um reflexo da vida.

Presença na internet

Hoje, ter um site próprio é quase algo obrigatório. Segundo a Federação Alemã das Empresas de Informação, Telecomunicação e Novas Mídias (Bitkom), 86% das empresas com mais de dez trabalhadores está presente na internet.

"Em todo o mundo, mais de três bilhões de pessoas usam a internet. Cada vez mais também há pessoas com suas próprias páginas privadas", diz o diretor executivo da Bitkom, Bernhard Rohleder.

Domínios: China lidera, seguida por Alemanha

O final mais comum nos endereços da internet, também chamado de domínio de topo, é ".com", com 120 milhões de endereços registrados. Entre os domínios de topo de códigos de países, que se referem ao país de origem, o ".de" alemão está em segundo lugar, com 16 milhões de endereços, atrás de ".cn", da China.

Para aumentar o número de endereços atraentes, a entidade responsável pelo gerenciamento e pela atribuição dos endereços virtuais na internet, o Icann, aprovou mais domínios no final de 2013. Atualmente, existem mais de mil terminações para endereços da web.

Atrás do ponto podem agora vir expressões como ".pizza", ".ninja" ou ".kiwi", nomes atraentes e incomuns. Na Alemanha, os domínios particularmente regionais são populares. Já existem cerca de 69 mil endereços com ".berlin", cerca de 25 mil com ".köln" (Colônia), mais de 31 mil com ".bayern" (Baviera) e cerca de 23 mil endereços que terminam em ".hamburg" (Hamburgo).

O que começou há 25 anos no Cern, revolucionou a ciência da informação. Só na Alemanha, 80% dos alemães com mais de 14 anos usam a World Wide Web. Até mesmo grande parte das pessoas mais velhas usa a internet: 84% dos cidadãos alemães com idade entre 50 e 65 anos e 37% dos com mais de 65 anos usam a internet.