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Morre magnata romeno que fundou primeira empresa da Romênia pós-comunista

19/08/2012 05h47

Bucareste, 19 ago (EFE).- O magnata Dinu Patriciu, fundador da primeira empresa privada da Romênia pós-comunista e uma das pessoas mais ricas do país, morreu nesta terça-feira em Londres aos 64 anos por uma doença hepática, informou a agência de imprensa "Mediafax".

Conhecido como "o primeiro capitalista" na Romênia, o empresário ganhou seu primeiro milhão de euro graças a uma empresa especializada no setor imobiliário, Alpha Constructii si Investii, a primeira companhia privada fundada após a queda do regime comunista no final de 1989.

"Trabalhava com dois companheiros. Um comprou um carro e uma escopeta de caça; o outro um apartamento; eu investi tudo em terrenos, até o último centavo. E assim começou a aventura," contou Patriciu no documentário "Capitalismo, nossa receita secreta", realizado pelo cineasta Alexandru Solomon.

Nascido em Bucareste e graduado em Arquitetura, Patriciu adquiriu em 1998 o segundo grupo petroleiro romeno, Rompetrol, transformando-o em uma multinacional com sede na Holanda e presente em uma dezena de países.

Em 2007, se transformou no homem mais rico da Romênia ao vender 75% das ações da Rompetrol ao grupo cazaque KazMunayGaz, transação com a qual embolsou cerca de US$ 2 bilhões.

"Não houve nada imoral, mas uma operação comercial. Existe esta mitologia equivocada do êxito: Não pode ter nada, senão está roubando", assinalou nesse documentário.

A revista "Forbes" situou em 2007 o magnata no primeiro lugar da classificação das maiores fortunas do país balcânico com um patrimônio estimado em US$ 3,4 bilhões.

No entanto, sua fortuna foi minguando desde então pelos contínuos fracassos em diferentes negócios de distribuição e pela queda de preços do mercado imobiliário.

Além disso, Patriciu foi eleito deputado duas vezes, em 1992 e 2000, pelo Partido Nacional Liberal, de centro-direita, mas abandonou a política em 2003 para se dedicar aos negócios.

O magnata morreu com alguns processos abertos por diversas causas, e no passado foi processado por fraude, lavagem de dinheiro e manipulação da Bolsa de Valores, embora nunca tenha sido condenado.EFE

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