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Expoente da ala progressista da Igreja, cardeal Martini morre aos 85 anos

31/08/2012 13h08

Cidade do Vaticano, 31 ago (EFE).- O cardeal italiano Carlo Maria Martini, um expoente da ala progressista da Igreja Católica, morreu nesta sexta-feira aos 85 anos de idade, em consequência da doença de Parkinson que sofria desde 1996, informou o arcebispado de Milão.

Nascido em 15 de fevereiro de 1927 na cidade piemontesa de Orbassano, norte da Itália, o sacerdote jesuíta, cardeal e ex-arcebispo de Milão também recebeu o Prêmio Príncipe de Astúrias de Ciências Sociais em 2010.

Em 1979, o papa João Paulo II nomeou Martini titular da arquidiocese de Milão, a maior da Europa e uma das maiores do mundo, sendo que, em fevereiro de 1983, ele foi denominado cardeal pelo mesmo pontífice.

Além da dedicação ao ofício religioso, Carlo Maria Martini também era reconhecido por ter defendido o diálogo entre ateus e crentes, fomentado o diálogo entre distintas religiões e por ter sido um incansável viajante.

O estado de Martini se agravou na noite de ontem, após o seu sucessor na arquidiocese de Milão, o cardeal Angelo Scola, ter pedido a todos os fiéis que rezassem por ele.

O neurologista Gianni Pezzoli, encarregado de seguir a evolução médica do cardeal Martini, explicou que após a última crise sofrida em meados de agosto o religioso não podia mais ingerir alimentos sólidos nem líquidos, mas que permanecia lúcido até o último momento e que rejeitava seu "agressivo tratamento médica".

O papa Bento XVI, que foi informado nas últimas horas sobre a piora das condições de saúde do cardeal Martini, seguia de perto a evolução dos eventos.