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Mais três corpos são localizados no interior de balsa sul-coreana

Equipes de mergulhadores da Marinha sul-coreana participam das buscas das vítimas do naufrágio da  balsa; apesar de localizar três corpos, eles não puderam ser resgatados por causa dos coletes salva-vidas - Kim Hong-Ji /Reuters
Equipes de mergulhadores da Marinha sul-coreana participam das buscas das vítimas do naufrágio da balsa; apesar de localizar três corpos, eles não puderam ser resgatados por causa dos coletes salva-vidas Imagem: Kim Hong-Ji /Reuters

18/04/2014 23h28

Os serviços de resgate localizaram neste sábado (19) - horário local - três corpos dentro da balsa que naufragou na quarta-feira no litoral da Coreia do Sul, sem que ainda tenham sido capazes de recuperá-los, informou a Polícia marítima.

Os corpos foram descobertos por mergulhadores que conseguiram entrar no navio em seus esforços por encontrar os mais de 270 desaparecidos.

Trata-se dos primeiros corpos localizados dentro do "Sewol", que repousa desde quarta-feira passada tombado sobre o solo marinho a 30 metros de profundidade.

No entanto, a guarda litorânea sul-coreana explicou que os mergulhadores estão tendo problemas para retirar os corpos, que estão com coletes salva-vidas, informou a agência "Yonhap".

As grandes ondas, as fortes correntes e a nula visibilidade sob a água, fatores que unidos à chuva e ao vento no exterior, dificultaram extremamente as operações com as quais se tenta resgatar os quase 300 passageiros que poderiam ter ficado presos dentro da embarcação.

As autoridades avaliaram neste sábado (data local) em 302 o número mortos ou desaparecidos enquanto foram recuperados um total de 29 corpos.

Além disso, sobreviveram até o momento 174 pessoas.

Familiares

A revolta das famílias aumenta a cada dia. Os pais, dominados pela angústia e a dor, criticam violentamente as autoridades, acusadas de mentir e de indiferença.

"O governo mentiu ontem", declarou nesta sexta-feira um homem que falava em nome de todos os pais em uma entrevista ao vivo na televisão. "As coisas são assim na Coreia do Sul? Voltamos a suplicar mais uma vez, por favor, que salvem nossos filhos".

O ferry seguia para a ilha de Jeju, um complexo turístico muito popular, e além dos 325 estudantes transportava 14 professores, todos da mesma escola secundária de Ansan, cidade ao sul da capital Seul.