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Separatistas pedem pacificadores após suspensão de benefícios sociais

25/11/2014 14h21

Kiev, 25 nov (EFE).- Separatistas do leste da Ucrânia pediram nesta terça-feira que sejam enviados "pacificadores" internacionais para a região para constatarem a "constante violação dos direitos humanos" que representa o fim da distribuição de benefícios sociais por parte do governo de Kiev.

"Nos dirigimos à comunidade internacional e à Federação da Rússia para que ponham fim a catástrofe humanitária e ao genocídio social que levaram as ações do governo ucraniano", segundo um comunicado da autoproclamada república popular de Donetsk (RPD).

Os separatistas exigiram a convocação de uma "sessão extraordinária do Conselho de Segurança da ONU para estudar a entrada de um contingente de paz com participação de representantes russos" no território controlado pelos separatistas pró-Rússia.

Os rebeldes alegaram que a medida é necessária "para um controle do cumprimento de acordos e a resolução da situação social e humanitária" na região.

Os separatistas qualificaram a decisão de Kiev de congelar o pagamento de pensões, salários e benefícios sociais aos moradores das zonas controladas pelos sublevados como "uma declaração de guerra não a homens armados mas contra a população civil, idosos e crianças".

"Os cidadãos que vivem nesta terra têm os mesmos direitos dos cidadãos do resto da Ucrânia", acrescentaram.

Segundo os separatistas, "o governo ucraniano se esqueceu de que as pensões pertencem as pessoas que acumularam economias ao longo de sua vida e as entregaram ao Estado para sua custódia e multiplicação".

As autoridades de Kiev congelaram em julho todos os pagamentos ao leste da Ucrânia sublevado argumentando que os fundos destinados para as regiões separatistas são roubados pelos insurgentes e não chegam aos seus destinatários.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, deixou claro em 25 de setembro que não permitirá uma missão em território ucraniano".

"Não haverá contingentes, dado que a experiência do uso dos contingentes de paz na Transnístria e em outros conflitos levou à perda de soberania sobre esses territórios", afirmou.