Parlamento francês pede reconhecimento do Estado palestino
Paris, 2 dez (EFE).- Os deputados franceses adotaram nesta terça-feira, por grande maioria, uma polêmica resolução não vinculativa que pede que o governo reconheça o Estado palestino, poucas semanas depois do mesmo ocorrer no Reino Unido e na Espanha.
O texto foi aprovado com 339 votos a favor, procedentes do governamental Partido Socialista (PS), dos neocomunistas e dos ecologistas, enquanto 51 deputados votaram contra, essencialmente da conservadora UMP e dos centristas.
Um grande número de parlamentares de direita, favoráveis ao Estado palestino, não participaram da votação ao considerar que não é o melhor momento para adotar esta resolução.
Com ela, a França se situa na órbita de uma Europa que pretende pressionar Israel para retornar à mesa de negociações, uma tática iniciada pela Suécia, o único país da União Europeia (UE) que reconheceu o Estado palestino, e seguida dos Parlamentos britânico e espanhol.
Até hoje, 135 dos 193 países da ONU reconheceram o Estado palestino.
A chefe da diplomacia comunitária, Federica Mogherini, também se mostrou propícia a abrir esta via por conta da paralisia do processo de paz.
É este o argumento no qual se apoiaram os deputados socialistas para impulsionar a resolução, que "convida o governo a reconhecer o Estado palestino a fim de obter uma regulação definitiva do conflito", ao considerar que "a solução dos dois Estados, promovida de forma constante pela França e a UE", pressupõe isso.
Uma resolução similar, apresentada desta vez pelos comunistas, será votada no Senado no próximo dia 11.
"Este voto, forte, é uma chamada aos beligerantes para relançar o processo de paz. Não compromete o governo, mas mostra que é urgente sair deste beco sem saída", afirmou o secretário de Estado de Assuntos Europeus, Harlem Désir, encarregado de defender o texto por parte do Executivo.
"É hora de levarmos israelenses e palestinos ao caminho da paz", ressaltou o deputado socialista François Loncle, que lembrou que nesse território "ocorreram quatro guerras e duas 'intifadas'".
"Histórico", considerou o neocomunista François Asensi, para quem "reconhecer o Estado palestino não é um favor, é um direito", ao mesmo tempo que disse que "chegou o momento de dizer a Israel não à colonização, não ao muro da vergonha, não à política colonial".
Para o ecologista François de Rugy, a comunidade internacional "não pode ficar indiferente" enquanto "o processo de paz está morto e a colonização israelense continua".
Os conservadores mostraram sua oposição à resolução que, segundo sua opinião, "pode dar argumentos a um grupo terrorista como o Hamas".
"Somos favoráveis à solução dos dois Estados, mas para isso é preciso que ambos Estados o reconheçam de forma recíproca", explicou o porta-voz conservador, Christian Jacob, que lembrou que "nos territórios palestinos, há terroristas que seguem buscando o desaparecimento de Israel".
A maioria dos deputados da UMP seguiram as diretrizes de seu novo presidente, Nicolas Sarkozy, muito hostil a este texto.
O centrista Philippe Vigier, por sua vez, distinguiu a resolução adotada hoje na França da do Reino Unido e da Espanha, no segundo caso porque condicionava o reconhecimento.
Nos últimos dias, o governo francês parece apoiar mais a via da ONU, respaldando a iniciativa que a Autoridade Nacional Palestina quer apresentar nesse fórum para solicitar a retirada de Israel dos territórios ocupados.
A França tenta, além disso, organizar uma conferência internacional para estimular o retorno de israelenses e palestinos à mesa negociadora.
Símbolo da tensão que esta questão desperta na França, o país que acolhe a maior comunidade judaica da Europa, é a manifestação convocada diante da Assembleia Nacional pouco antes do voto, que reuniu mais de 100 pessoas com cartazes que comparavam a Palestina com um Estado terrorista.
O texto foi aprovado com 339 votos a favor, procedentes do governamental Partido Socialista (PS), dos neocomunistas e dos ecologistas, enquanto 51 deputados votaram contra, essencialmente da conservadora UMP e dos centristas.
Um grande número de parlamentares de direita, favoráveis ao Estado palestino, não participaram da votação ao considerar que não é o melhor momento para adotar esta resolução.
Com ela, a França se situa na órbita de uma Europa que pretende pressionar Israel para retornar à mesa de negociações, uma tática iniciada pela Suécia, o único país da União Europeia (UE) que reconheceu o Estado palestino, e seguida dos Parlamentos britânico e espanhol.
Até hoje, 135 dos 193 países da ONU reconheceram o Estado palestino.
A chefe da diplomacia comunitária, Federica Mogherini, também se mostrou propícia a abrir esta via por conta da paralisia do processo de paz.
É este o argumento no qual se apoiaram os deputados socialistas para impulsionar a resolução, que "convida o governo a reconhecer o Estado palestino a fim de obter uma regulação definitiva do conflito", ao considerar que "a solução dos dois Estados, promovida de forma constante pela França e a UE", pressupõe isso.
Uma resolução similar, apresentada desta vez pelos comunistas, será votada no Senado no próximo dia 11.
"Este voto, forte, é uma chamada aos beligerantes para relançar o processo de paz. Não compromete o governo, mas mostra que é urgente sair deste beco sem saída", afirmou o secretário de Estado de Assuntos Europeus, Harlem Désir, encarregado de defender o texto por parte do Executivo.
"É hora de levarmos israelenses e palestinos ao caminho da paz", ressaltou o deputado socialista François Loncle, que lembrou que nesse território "ocorreram quatro guerras e duas 'intifadas'".
"Histórico", considerou o neocomunista François Asensi, para quem "reconhecer o Estado palestino não é um favor, é um direito", ao mesmo tempo que disse que "chegou o momento de dizer a Israel não à colonização, não ao muro da vergonha, não à política colonial".
Para o ecologista François de Rugy, a comunidade internacional "não pode ficar indiferente" enquanto "o processo de paz está morto e a colonização israelense continua".
Os conservadores mostraram sua oposição à resolução que, segundo sua opinião, "pode dar argumentos a um grupo terrorista como o Hamas".
"Somos favoráveis à solução dos dois Estados, mas para isso é preciso que ambos Estados o reconheçam de forma recíproca", explicou o porta-voz conservador, Christian Jacob, que lembrou que "nos territórios palestinos, há terroristas que seguem buscando o desaparecimento de Israel".
A maioria dos deputados da UMP seguiram as diretrizes de seu novo presidente, Nicolas Sarkozy, muito hostil a este texto.
O centrista Philippe Vigier, por sua vez, distinguiu a resolução adotada hoje na França da do Reino Unido e da Espanha, no segundo caso porque condicionava o reconhecimento.
Nos últimos dias, o governo francês parece apoiar mais a via da ONU, respaldando a iniciativa que a Autoridade Nacional Palestina quer apresentar nesse fórum para solicitar a retirada de Israel dos territórios ocupados.
A França tenta, além disso, organizar uma conferência internacional para estimular o retorno de israelenses e palestinos à mesa negociadora.
Símbolo da tensão que esta questão desperta na França, o país que acolhe a maior comunidade judaica da Europa, é a manifestação convocada diante da Assembleia Nacional pouco antes do voto, que reuniu mais de 100 pessoas com cartazes que comparavam a Palestina com um Estado terrorista.
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