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Frente al Nusra diz que continuará lutando apesar de iniciativa de paz da ONU

26/12/2014 08h24

Cairo, 26 dez (EFE).- A Frente al Nusra, filial da rede terrorista Al Qaeda na Síria, afirmou nesta sexta-feira que continuará lutando "até a vitória ou a morte", e que não fará parte da iniciativa de paz proposta pelo enviado da ONU para o país, Staffan de Mistura.

Em mensagem divulgada na internet, a Frente al Nusra garantiu que continuará sua luta contra "os cristãos e seus aliados", em alusão ao Ocidente.

"Dizemos a Mistura e aos agentes do Ocidente que, se Deus quiser, vamos continuar protegendo nossas famílias vulneráveis na Síria e vamos seguir lutando até conseguir a vitória ou o martírio", afirmou o grupo extremista.

O enviado da ONU anunciou em 30 de outubro ao Conselho de Segurança das Nações Unidas sua iniciativa de criar "áreas de exclusão" na Síria de cessação de hostilidades, para poder assim resolver os assuntos humanitários e construir soluções políticas.

Mistura propôs iniciar o plano em Aleppo, cidade dividida em bairros nas mãos do regime e da oposição, para depois estender esse modelo a outras partes do país.

O regime de Bashar al Assad já se mostrou disposto a cooperar para iniciar a proposta de paz, apesar da principal aliança política da oposição, a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), ainda estar analisando e grupos armados rebeldes condicionarem sua aceitação a certos requisitos, como a saída de Assad do poder.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, desde 23 de dezembro pelo menos 1.171 pessoas morreram na Síria nos bombardeios da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

As operações da coalizão tiveram como alvos, além disso, quartéis e sedes da Frente al Nusra, que combate contra o governo.

Segundo a ONU, mais de 200 mil pessoas morreram na Síria desde o início do conflito em março de 2011.