Casal uigur é condenado à prisão na China por usar barba longa e burca
Pequim, 30 mar (EFE).- Um tribunal da região de Xinjiang sentenciou um homem de 38 anos da etnia uigur, de confissão muçulmana, a seis anos de prisão por provocar problemas, "deixar crescer a barba" e encorajar sua mulher a se cobrir, prática desaconselhada pelas autoridades.
Ele foi considerado culpado de "causar problemas", um delito impreciso comumente usado pelas autoridades chinesas. A esposa, que usa véu e burca, foi condenada a dois anos de prisão.
A sentença foi dada após diversas medidas impulsionadas pelas autoridades chinesas em Xinjiang, onde convivem chineses da minoria étnica uigur - de religião muçulmana - e han - a majoritária no país, para desincentivar o uso de roupas que cubram todo o corpo e/ou o rosto e para os homens deixar a barba crescer.
Em janeiro entrou em vigor em Xinjiang uma legislação que proíbe vestir em público véus que cubram todo o rosto e trajes que tapem o corpo, como a burca.
Outras cidades da região já tinham implementado anteriormente medidas que impedem, por exemplo, as mulheres cobertas com véu ou aos homens com barba abundante de usarem o transporte público.
O governo chinês relaciona estas duas práticas ao extremismo religioso, e atribuem a ele o aumento da violência nos últimos dois anos em Xinjiang.
Entre 2013 e 2014 o conflito entre uigures e forças de segurança causou 200 mortes, segundo números oficiais, além de várias sentenças de morte contra condenados - a maioria, uigures - por alguns ataques.
O casal condenado em Kashgar "tinha recebido várias advertências" neste sentido, antes de serem processados e condenados, assinalaram funcionários locaiso.
Grupos de uigures no exílio denunciam que a violência é consequência de anos de repressão das autoridades à cultura do povo uigur.
"Há gente que simplesmente já não aguenta mais", comentou à Agência Efe um dos porta-vozes mais conhecidos do Congresso Mundial Uigur, Dilxat Raxit, recentemente.
Ele foi considerado culpado de "causar problemas", um delito impreciso comumente usado pelas autoridades chinesas. A esposa, que usa véu e burca, foi condenada a dois anos de prisão.
A sentença foi dada após diversas medidas impulsionadas pelas autoridades chinesas em Xinjiang, onde convivem chineses da minoria étnica uigur - de religião muçulmana - e han - a majoritária no país, para desincentivar o uso de roupas que cubram todo o corpo e/ou o rosto e para os homens deixar a barba crescer.
Em janeiro entrou em vigor em Xinjiang uma legislação que proíbe vestir em público véus que cubram todo o rosto e trajes que tapem o corpo, como a burca.
Outras cidades da região já tinham implementado anteriormente medidas que impedem, por exemplo, as mulheres cobertas com véu ou aos homens com barba abundante de usarem o transporte público.
O governo chinês relaciona estas duas práticas ao extremismo religioso, e atribuem a ele o aumento da violência nos últimos dois anos em Xinjiang.
Entre 2013 e 2014 o conflito entre uigures e forças de segurança causou 200 mortes, segundo números oficiais, além de várias sentenças de morte contra condenados - a maioria, uigures - por alguns ataques.
O casal condenado em Kashgar "tinha recebido várias advertências" neste sentido, antes de serem processados e condenados, assinalaram funcionários locaiso.
Grupos de uigures no exílio denunciam que a violência é consequência de anos de repressão das autoridades à cultura do povo uigur.
"Há gente que simplesmente já não aguenta mais", comentou à Agência Efe um dos porta-vozes mais conhecidos do Congresso Mundial Uigur, Dilxat Raxit, recentemente.
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