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Ataque contra universidade no leste do Quênia deixa 2 mortos

02/04/2015 05h01

(Atualiza com novos dados).

Nairóbi, 2 abr (EFE).- Pelo menos dois guardas de segurança morreram e outras 30 pessoas ficaram feridas nesta quinta-feira quando um grupo de homens armados atacou a Universidade de Garissa, no leste do Quênia e na fronteira com a Somália, informou o Centro de Operação de Desastres do governo do Quênia.

O incidente ocorreu por volta das 5h30 (horário local, 23h30 de quarta-feira em Brasília), quando os atiradores entraram no recinto universitário e começaram a disparar indiscriminadamente e detonaram vários artefatos explosivos.

O inspetor geral da polícia, Joseph Boinnet, explicou em comunicado que também houve um tiroteio entre os atiradores e os policiais que protegiam as residências dos estudantes.

"Os atiradores conseguiram entrar nas residências", afirmou Boinnet, acrescentando que neste momento as Forças de Defesa do Quênia e a polícia efetuam uma operação conjunta para pôr fim a este ataque.

Vários estudantes podem estar presos nas residências que foram tomadas por este grupo de homens armados.

Apesar de em um primeiro momento ter se informado que havia quatro feridos, o número aumentou para 30.

"Pelo menos 30 feridos foram transferidos ao hospital, quatro deles em estado muito grave. A maioria das vítimas tem ferimentos de bala", assegurou a Cruz Vermelha do Quênia através de sua conta oficial no Twitter.

Apesar de o centro governamental de Operação de Desastres ter informado de duas mortes durante o ataque, não se descarta que o número de vítimas mortais possa aumentar nas próximas horas.

Nenhum grupo reivindicou este ataque, mas todas as suspeitas apontam para o grupo jihadista somali Al Shabab, autor de múltiplos ataques em cidades fronteiriças como Garissa, situada a cerca de 200 quilômetros da Somália.

Desde que em outubro de 2011 o exército queniano entrou na Somália para combater o Al Shabab, o país foi alvo de constantes atentados terroristas, o mais grave deles no shopping Westgate, ocorrido em 2013 e no qual morreram pelo menos 67 pessoas.