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Ataques racistas na África do Sul já deixaram 7 mortos e 307 foram presos

Policiais sul-africanos realizam patrulha em estrada de Johannesburgo - Mujahid Safodien/AFP
Policiais sul-africanos realizam patrulha em estrada de Johannesburgo Imagem: Mujahid Safodien/AFP

Em Nairóbi

19/04/2015 08h39

A polícia da África do Sul prendeu 307 pessoas por envolvimento na onda de ataques contra estrangeiros que atingiu o país nas últimas semanas, que já deixou sete mortos, informou neste domingo a imprensa local.

Entre as vítimas da violência xenófoba se encontram três sul-africanos e quatro estrangeiros, afirmou o ministro de Segurança, David Mahlobo, segundo o portal de notícias "Eyewitness News".

Mahlobo disse que não foram registradas novas mortes nos últimos três dias.

O ministro do Interior, Malusi Gigaba, disse que os ataques xenófobos contra africanos estrangeiros residentes na África do Sul foram contidos. Segundo o dirigente, a polícia manterá a calma no país com uma grande operação nas zonas de conflito.

As Forças de Defesa Nacional da África do Sul (SANDF, por sua sigla em inglês) enviaram 350 soldados para a fronteira do país, afirmou Gigaba.

O ministro visitou ontem ao lado do presidente sul-africano, Jacob Zuma, um acampamento de deslocados em Chatsworth, nas redondezas de Durban, na província de KwaZulu Natal.

O campo recebeu residentes na África do Sul procedentes de Malawi, Somália, Zimbabue e Burundi que se viram obrigados a fugir de suas casas.

"Estamos tentando nos adiantar a qualquer outro surto de violência que possa ocorrer, seja em Gauteng (região que abrange Johannesburgo e Pretoria) ou em outras províncias", disse.