Coreias farão novo encontro de famílias separadas pela guerra em outubro
Representantes da Cruz Vermelha das Coreias do Norte e do Sul chegaram a um acordo nesta terça-feira (8) para realizar uma nova reunião das famílias separadas pela Guerra da Coreia (1950-53) entre os dias 20 e 26 de outubro.
Os familiares das duas Coreias se reunirão no complexo turístico do monte Kumgang, que fica no sudeste da Coreia do Norte, informou à Agência Efe uma porta-voz do Ministério da Unificação de Seul.
As delegações da Cruz Vermelha dos dois países levaram cerca de 24 horas para chegar a um acordo depois que se reuniram na manhã de ontem no vilarejo fronteiriço de Panmunjom, onde foi assinado o cessar-fogo que pôs fim ao conflito histórico entre os dois países.
Agora, as duas partes realizarão nas próximas semanas os preparativos necessários para organizar aquela que será a vigésima reunião de famílias separadas das duas Coreias e a primeira desde fevereiro de 2014.
Na Coreia do Sul, a Cruz Vermelha começou na semana passada a localizar mais de 66 mil pessoas com parentes no país vizinho e a elaborar uma lista de candidatos que entregará à delegação da Coreia do Norte.
Os dois países apresentarão suas listas de candidatos no dia 15 de setembro e terão até o dia 5 de outubro para encontrar os familiares dos solicitantes no outro lado da fronteira.
A relação final com os integrantes das 200 famílias que se reunirão será publicada no dia 8 do próximo mês, informou a representante do Ministério sul-coreano.
A Guerra da Coreia separou centenas de milhares de parentes há mais de seis décadas e, desde então, a grande maioria não teve oportunidade de se reencontrar com seus entes queridos do outro lado da fronteira.
A primeira reunião de famílias separadas foi realizada em 1985 e, até agora, foram organizados um total de 19 edições, a maioria delas na última década, nas quais participaram aproximadamente 4 mil familiares das duas Coreias.
Só na Coreia do Sul, 129.264 pessoas solicitaram participar destes eventos nos últimos 30 anos. Deste total, cerca de metade ainda está viva e quase todas são maiores de 70 anos, segundo dados do Ministério da Unificação de Seul.
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