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Hamas "abençoa" ataques palestinos contra israelenses

Forças de segurança israelenses conversam ao lado de corpo após ataque a tiros contra um ônibus em um assentamento judaico próximo ao bairro palestino de Jabal Mukaber, em Jerusalém Oriental - Thomas Coex/AFP
Forças de segurança israelenses conversam ao lado de corpo após ataque a tiros contra um ônibus em um assentamento judaico próximo ao bairro palestino de Jabal Mukaber, em Jerusalém Oriental Imagem: Thomas Coex/AFP

Em Gaza

13/10/2015 07h53

O movimento islamita Hamas, que controla a faixa de Gaza, "abençoou" nesta terça-feira (13) os ataques palestinos contra israelenses em Jerusalém e a cidade israelense de Ra'anana, que deixaram dois israelenses mortos e 22 feridos, e um dos atacantes palestinos mortos, dois feridos e dois detidos.

"O Hamas abençoa os heróicos ataques ocorridos nesta manhã na Palestina ocupada", diziam os alto-falantes de mesquitas em Gaza capital e outras cidades da faixa.

"Pedimos aos jovens que continuem e matem todos israelenses em todas partes quando os vejam", se ouvia desde os megafones, que também anunciavam que "o que vem será mais duro e mais violento".

Na sexta-feira, o chefe do governo do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, pediu uma ampliação da onda de ataques para transformá-la em uma Intifada (levantamento) a fim de "libertar Jerusalém".

A chamada foi seguida por enfrentamentos na fronteira com forças israelenses nos quais morreram 8 jovens.

Os distúrbios se repetiram hoje perto do cruzamento fronteiriço de Erez, no norte da Faixa, com enfrentamentos nos quais quatro palestinos ficaram feridos, um em estado crítico.

A também islamita Jihad Islâmica pediu na semana passada desde Gaza um levantamento popular contra Israel.

A região vive uma onda de ataques e distúrbios que tirou a vida de seis israelenses e 29 palestinos, uma dezena destes supostos autores de ataques e o resto em distúrbios e enfrentamentos com as forças de segurança em Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Gaza.

Hoje, os palestinos declararam um "dia da ira" como protesto para mostrar a ira pelo aumento de visitas judaicas à Esplanada das Mesquitas, situada no território ocupado de Jerusalém, que consideram uma provocação e uma mudança do status quo, o que Israel nega.

Além disso, a população árabe de Israel (20%) protagoniza hoje uma greve geral por esse mesmo motivo.