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Supremacista branco que matou 3 pessoas nos EUA é condenado à morte

Imagem cedida pela Delegacia de Polícia do condado de Johnson, Kansas, Estados Unidos, mostra Glenn Miller Frazier - EFE
Imagem cedida pela Delegacia de Polícia do condado de Johnson, Kansas, Estados Unidos, mostra Glenn Miller Frazier Imagem: EFE

Em Washington

11/11/2015 04h53

A Justiça dos Estados Unidos condenou à morte nesta terça-feira (10) o supremacista branco e ex-integrante da Ku Klux Klan (KKK), Frazier Glenn Miller, por injeção letal, pelo assassinato de três pessoas em dois ataques contra centros judaicos em Kansas City, em 2014.

O juiz Thomas Kelly Ryan seguiu a recomendação do júri popular, que declarou Miller culpado de três assassinatos e de outras três tentativas de assassinato, por ter atirado em outras três pessoas, e propôs para ele a pena capital.

Em abril de 2014, o condenado, de 74 anos, abriu fogo e matou um adolescente de 14 anos e seu avô, de 69, em um centro comunitário judaico onde havia cerca de 70 pessoas, a maioria delas crianças que se preparavam para participar de um concurso de dança.

Em seguida, Miller se dirigiu para uma casa de repouso para idosos, também da comunidade judaica, onde fez sua terceira vítima, uma mulher de 53 anos, e pouco depois foi detido e levado para a prisão do condado de Johnson.

Miller admitiu que seus ataques tinham motivação antissemita e confessou que queria "matar judeus", pois considera que eles "estão destruindo a raça branca" e que controlam os meios de comunicação, as instituições financeiras e o governo. No entanto, as três vítimas do supremacista eram cristãs.

Veterano da Guerra do Vietnã, Miller fundou e foi integrante de uma organização paramilitar associada à KKK, a "Carolina Knights" ("Cavaleiros da Carolina"), um dos primeiros grupos a utilizar táticas paramilitares para intimidar afro-americanos nos Estados Unidos.

Além disso, ficou preso por três anos no final da década de 1980 por posse ilegal de armas e por conspirar para assassinar o fundador de uma organização que se dedica a investigar grupos racistas.