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EUA consideram que EI são "os terroristas número 1 das redes sociais"

Em suposto vídeo divulgado pelas redes sociais, o grupo radical Estado Islâmico fez uma ameaça direta aos Estados Unidos - Reprodução
Em suposto vídeo divulgado pelas redes sociais, o grupo radical Estado Islâmico fez uma ameaça direta aos Estados Unidos Imagem: Reprodução

Em Washington

17/11/2015 00h59

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, disse nesta segunda-feira (16) que o Estado Islâmico (EI) tem "menos capacidade de atuação" em seu país do que na Europa, mas advertiu sobre o novo desafio que representa encarar "os terroristas número 1 das redes sociais".

"O EI é um fenômeno novo. São os terroristas número 1 (das redes) sociais, assim como a Al Qaeda foram os terroristas pioneiros da internet", afirmou Carter em uma conferência sobre segurança organizada pelo jornal "Wall Street Journal" em Washington.

Carter assinalou que os jihadistas têm "menos capacidade para realizar atentados nos EUA do que na Europa", devido aos maiores "vínculos" de cidadãos europeus com o Oriente Médio e à proximidade geográfica.

Por isso, o secretário de Defesa insistiu que a maior ameaça para os EUA são os chamados "lobos solitários", pessoas nascidas e criadas no país que se radicalizam em algum momento estimuladas pela propaganda do EI, como foi o caso do atentado de Chattanooga, no Tennessee, que deixou seis mortos em julho.

Sobre o atentado de Paris realizado na sexta-feira por integrantes do EI, que deixou 129 mortos e mais de 350 feridos, o chefe do Pentágono afirmou que não foi "surpreendente" devido às ameaças anteriores dos jihadistas e indicou que espera que esse acontecimento possa estimular outros aliados a se unirem à luta contra o EI.

"Precisamos que outros países também se envolvam. Espero que esta tragédia tenha o efeito de estimular outros", disse Carter, antes de mencionar que a França realizará "mais ataques aéreos amanhã", assim como os Estados Unidos.

Caças franceses lançaram no domingo ataques aéreos contra a cidade de Raqqa, um dos bastiões do grupo terrorista na Síria, enquanto aviões americanos destruíram, pela primeira vez, mais de uma centena de caminhões-tanque que os membros do EI utilizavam para contrabandear o petróleo obtido nas áreas que ocupam na Síria.

As autoridades americanas acreditam que o grupo jihadista consiga arrecadar mais de US$ 40 milhões por mês graças à produção e exportação de petróleo nas áreas que controla na Síria e no Iraque, onde o EI proclamou um "califado".