Estado Islâmico corta pela metade o salário de seus combatentes na Síria
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) cortou pela metade o salário de seus combatentes na Síria, segundo informou a própria organização em uma circular a seus integrantes, divulgada nesta terça-feira pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos.
O texto, emitido pela Casa do Capital dos Muçulmanos, um dos órgãos criados pelos jihadistas, anuncia que "devido às condições excepcionais pelas quais passa o Estado Islâmico se decidiu reduzir pela metade a quantia que se paga aos mujahedins (guerreiros santos)".
A organização extremista advertiu que não haverá exceções nesta decisão "independentemente da posição que se ocupe" e antecipou que continuará distribuindo ajuda alimentícia duas vezes ao mês.
Ninguém sabe com toda certeza o valor dos salários dos milicianos do EI.
Há poucos dias, o Observatório, citando ativistas, afirmou que havia certo descontentamento entre os combatentes sírios do grupo radical porque seus salários tinham sido reduzidos, enquanto os dos guerrilheiros de outras nacionalidades árabes e de outros países tinham aumentado.
Em outubro, o Centro de Análise do Terrorismo da França, com sede em Paris, estimou que a fortuna do EI chegava a US$ 2,2 bilhões, construída principalmente através da coleta de impostos nos territórios que ocupa no Iraque e na Síria, e das exportações petrolíferas.
Na atualidade, os extremistas têm várias ofensivas abertas no território sírio, a mais recente na cidade de Deir ez Zor contra as tropas do regime de Bashar al Assad.
Nos últimos meses, o EI perdeu terreno na Síria para as forças curdas, que estão aliadas com grupos armados árabes e recebem o apoio dos Estados Unidos, em várias províncias sírias como Aleppo, Al Raqqa e Al Hasaka.
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