Ex-namorada de Morales passa a noite detida à espera de decisão judicial
La Paz, 27 fev (EFE).- A boliviana Gabriela Zapata, ex-namorada do presidente da Bolívia, Evo Morales, passou a noite detida em uma cela policial e comparecerá neste sábado a uma audiência com um juiz cautelar, parte de uma investigação por suposta legitimação de lucro ilícito.
Após permanecer durante mais de 13 horas em um escritório da Força Especial de Luta contra a Corrupção, Zapata decidiu usar seu direito a ficar calada e acabou sendo transferida ontem à noite para uma cela policial por decisão do promotor Edwin Blanco.
A mulher foi detida na sexta-feira, cumprindo o pedido da ministra de Transparência e Luta contra a Corrupção, Lenny Valdivia, informou o Ministério de Interior em comunicado.
O escritório de Valdivia iniciou a investigação de Zapata pelos supostos delitos de "legitimação de lucro ilícito e enriquecimento ilícito de particulares que afetou o Estado", e pediu ao ministério de Interior que assuma as "ações que forem necessárias" para garantir sua presença em "território nacional".
Zapata foi namorada do presidente Morales entre 2005 e 2007. Eles tiveram um filho, que morreu pouco depois, como revelou recentemente o próprio presidente.
Ela era até há uma semana gerente comercial na Bolívia da empresa chinesa CAMC Engineering (Camce), que nos últimos anos assinou contratos com o governo Morales no valor de US$ 566 milhões, a maioria por convite direto após terem sido descartadas as licitações.
A relação de Gabriela Zapata com Morales e os contratos que a Camce fechou com o Estado surgiram de uma denúncia do jornalista Carlos Valverde sobre um suposto tráfico de influência, que o líder e sua ex-namorada negaram.
À pedido do presidente, os contratações estatais com a assinatura chinesa estão sendo investigadas pela Controladoria Geral do Estado, dirigida por um governista, e por uma comissão no parlamento, onde o partido de Morales tem maioria.
Esta semana o governo concretizou a cobrança de garantias bancárias de US$ 22,8 milhões da Camce como forma de puni-la por descumprimentos na construção da ferrovia Bulo Bulo-Montero, entre as regiões de Cochabamba, no centro, e Santa Cruz, no leste.
Ao mesmo tempo, o Executivo decidiu excluir a empresa chinesa das licitações que abrirão para construir estradas que serão financiadas com um crédito do país asiático por US$ 7 bilhões.
As autoridades acusaram o governo dos Estados Unidos de estar por trás das denúncias, que teriam como objetivo minguar a credibilidade de Morales, e disseram que a resolução do contrato com Camce e sua exclusão de futuras licitações provam que o Executivo não está envolvido em tráfico de influência.
Após permanecer durante mais de 13 horas em um escritório da Força Especial de Luta contra a Corrupção, Zapata decidiu usar seu direito a ficar calada e acabou sendo transferida ontem à noite para uma cela policial por decisão do promotor Edwin Blanco.
A mulher foi detida na sexta-feira, cumprindo o pedido da ministra de Transparência e Luta contra a Corrupção, Lenny Valdivia, informou o Ministério de Interior em comunicado.
O escritório de Valdivia iniciou a investigação de Zapata pelos supostos delitos de "legitimação de lucro ilícito e enriquecimento ilícito de particulares que afetou o Estado", e pediu ao ministério de Interior que assuma as "ações que forem necessárias" para garantir sua presença em "território nacional".
Zapata foi namorada do presidente Morales entre 2005 e 2007. Eles tiveram um filho, que morreu pouco depois, como revelou recentemente o próprio presidente.
Ela era até há uma semana gerente comercial na Bolívia da empresa chinesa CAMC Engineering (Camce), que nos últimos anos assinou contratos com o governo Morales no valor de US$ 566 milhões, a maioria por convite direto após terem sido descartadas as licitações.
A relação de Gabriela Zapata com Morales e os contratos que a Camce fechou com o Estado surgiram de uma denúncia do jornalista Carlos Valverde sobre um suposto tráfico de influência, que o líder e sua ex-namorada negaram.
À pedido do presidente, os contratações estatais com a assinatura chinesa estão sendo investigadas pela Controladoria Geral do Estado, dirigida por um governista, e por uma comissão no parlamento, onde o partido de Morales tem maioria.
Esta semana o governo concretizou a cobrança de garantias bancárias de US$ 22,8 milhões da Camce como forma de puni-la por descumprimentos na construção da ferrovia Bulo Bulo-Montero, entre as regiões de Cochabamba, no centro, e Santa Cruz, no leste.
Ao mesmo tempo, o Executivo decidiu excluir a empresa chinesa das licitações que abrirão para construir estradas que serão financiadas com um crédito do país asiático por US$ 7 bilhões.
As autoridades acusaram o governo dos Estados Unidos de estar por trás das denúncias, que teriam como objetivo minguar a credibilidade de Morales, e disseram que a resolução do contrato com Camce e sua exclusão de futuras licitações provam que o Executivo não está envolvido em tráfico de influência.
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