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Rebeldes sírios tomam controle de passagem fronteiriça com Iraque

05/03/2016 06h22

Cairo, 5 mar (EFE).- Várias facções rebeldes e islamitas da cidade de Al Qalamun, no sudeste da província de Homs, na região central da Síria, tomaram na noite de sexta-feira o controle da passagem de Al Tanaf, fronteiriça com o Iraque, informou neste sábado o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Os rebeldes tomaram o controle da passagem após lançarem um ataque na região contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que a dominava.

As facções rebeldes foram reforçadas em suas fileiras com milicianos que vieram da região de Mahruza, na Jordânia, na fronteira com a Síria, acrescentou o OSDH.

O EI tinha tomado o controle dessa passagem, situada na fronteira sírio-iraquiana, no dia 22 de maio de 2015, depois que as tropas do regime sírio a abandonaram.

Com sua retirada, o exército sírio perdeu o último de seus postos fronteiriços com o Iraque, enquanto o EI ainda controla o de Al Bukamal, na província de Deir ez Zor, que liga à passagem fronteiriça iraquiana de Al Qaim.

Por outro lado, também em Homs, sete pessoas morreram ontem à noite após ficarem feridas em ataques lançados por aviões de combate, presumivelmente russos, na região de Al Sawana, acrescentou o OSDH.

A ONG baseada em Londres, mas que conta com ativistas no terreno, não descartou um aumento no número de vítimas mortais, já que há dezenas de feridos, alguns deles em estado grave.

Ontem, um ataque aéreo resultou na morte de Amr al Absi, que foi eleito em 2014 líder do Estado Islâmico (EI) na província de Homs, na região síria de Aleppo, segundo informou a organização americana de inteligência SITE.

A organização, que segue a pista de grupos com laços jihadistas no mundo, divulgou uma foto do suposto corpo de Absi, a quem o Departamento de Estado dos EUA acusa de ter cometido vários sequestros de jornalistas e trabalhadores humanitários ocidentais.

No dia 27 de fevereiro, entrou em vigor um cessar-fogo estipulado entre Rússia e Estados Unidos e aceito pelo governo da Bashar al Assad e os rebeldes, mas rejeitado pelos grupos terroristas Estado Islâmico e Frente al Nusra, facção síria ligada à Al Qaeda.

Devido a sua rejeição, o fim de hostilidades - que, apesar da redução do número de ataques, foi violado em várias ocasiões - não impera nos territórios controlados por essas organizações extremistas.