Topo

Pelo menos 6 militares morrem em combate no leste da Ucrânia

24/07/2016 07h27

Kiev, 24 jul (EFE).- Pelo menos seis militares ucranianos morreram e outros 21 ficaram feridos em combates registrados nas últimas 24 horas no leste da Ucrânia, informou neste domingo o porta-voz militar da presidência ucraniana, Aleksandr Motuzianik.

"Infelizmente, nas últimas 24 horas seis militares ucranianos morreram em ações de combate", disse Motuzianik, ao dar à imprensa o boletim de baixas na zona região do conflito com os separatistas pró-Rússia.

Ele acrescentou que no mesmo período outros 13 soldados ficaram feridos.

Segundo o porta-voz, a situação mais grave foi registrada na região de Lugansk, na fronteira com a Rússia, onde as milícias separatistas atacaram com morteiros as posições das tropas governamentais.

Após o bombardeio, acrescentou Motuzianik, os separatistas lançaram um ataque terrestre, mas foram rechaçados pelos militares ucranianos.

A tensão no leste da Ucrânia aumentou de maneira considerável nas últimas semanas.

Quase um ano e meio depois da assinatura dos Acordos de Minsk, para o fim pacífico do conflito, Kiev e os separatistas se mostram incapazes de manter o cessar-fogo, apesar das várias tréguas declaradas.

A Rússia e os rebeldes insistem em que os acordos obrigam a Ucrânia a negociar com representantes locais dos territórios sublevados, enquanto Kiev deixou claro que só falará com deputados locais que sejam escolhidos em eleições realizadas segundo as leis ucranianas e supervisadas pela Osce.

A Ucrânia se nega a reconhecer a legitimidade das autoridades sublevadas para negociar a parte política do acordo, ao entender que chegaram ao poder "com ajuda da agressão russa".

Neste contexto, Kiev exige de Moscou que retire seus soldados do leste da Ucrânia e entregue aos militares ucranianos o controle de toda a fronteira entre ambos os países, apesar de a Rússia insistir em que não tem tropas na Ucrânia.

Segundo os últimos dados da ONU, cerca de 10 mil pessoas, entre combatentes e civis morreram no leste da Ucrânia desde a explosão do conflito armado, em abril de 2014.