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Chanceler cubano rechaça "calúnias" de Bolsonaro e Trump

O presidente cubano Raul Castro (direita) ao lado do então ministro de assuntos exteriores, Bruno Rodriguez - Federico Parra/AFP
O presidente cubano Raul Castro (direita) ao lado do então ministro de assuntos exteriores, Bruno Rodriguez Imagem: Federico Parra/AFP

24/09/2019 14h26

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, repudiou nesta terça-feira as "calúnias" do presidente Jair Bolsonaro e tachou de mentiroso o governante dos Estados Unidos, Donald Trump, como resposta às críticas de ambos nos discursos pronunciados diante da Assembleia Geral da ONU.

Rodríguez, que também está em Nova York, criticou duramente Bolsonaro e Trump, que atacaram Cuba e Venezuela, classificadas por eles como ditaduras que devem ser derrotadas.

"Inadmissíveis as acusações do presidente Trump contra Cuba e Venezuela. O uso da mentira caracteriza a sua gestão. Monroísta e macartista. Fala como um imperador, 158 congressistas pedem seu impeachment. Tenta distrair o mundo e os americanos", escreveu o ministro cubanos no Twitter.

Rodríguez comentou também que Trump "não compete com Greta Thunberg", em referência ao emotivo discurso da ativista sueca de 16 anos que reprovou na segunda-feira a inatividade dos líderes mundiais no combte à crise climática.

Em discurso, Trump denunciou que Cuba "saqueia a riqueza da Venezuela" para manter-se flutuando, em referência ao fornecimento de petróleo venezuelano à ilha, e chamou de "marionete de Cuba" o presidente Nicolás Maduro, aliado de Havana.

No caso do presidente brasileiro, Rodríguez disse que "rejeita energicamente" as "calúnias" sobre Cuba e os médicos cubanos que trabalharam no programa Mais Médicos até o ano passado, quando Havana encerrou a parceria após as declarações de Bolsonaro, que chamou os cubanos "escravos" de uma "ditadura".

"Bolsonaro delira e anseia os tempos da ditadura militar. Deveria ocupar-se da corrupção no seu sistema de justiça, governo e família. É o líder do aumento da desigualdade no Brasil", concluiu o chanceler cubano. EFE