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Polônia já recebeu 3 milhões de refugiados procedentes da Ucrânia

28/04/2022 18h41

Cracóvia (Polônia), 28 abr (EFE).- A Guarda de Fronteiras da Polônia informou nesta quinta-feira que registrou a entrada no país de mais de 3 milhões de refugiados procedentes da Ucrânia desde o começo da ofensiva militar da Rússia, e que o número de pessoas que fazem o caminho contrário está aumentando.

De acordo com dados oficiais poloneses, o patamar de 3 milhões foi ultrapassado nas últimas 24 horas, quando 24,8 mil pessoas chegaram da Ucrânia e outras 18,4 mil voltaram ao país de origem.

Além disso, alguns pontos que foram criados para receber refugiados e fornecer rapidamente a identificação fiscal para permitir que tenham acesso aos serviços públicos foram fechados devido à baixa atividade, como é o caso do que ficava na estação rodoviária de Kielce.

Em 24 de abril, o vice-ministro do Interior polonês Pawel Szefernaker informou que, pela primeira vez desde o início da guerra, o número de pessoas que voltam da Polônia para a Ucrânia havia ultrapassado o número de ucranianos que entram no país vizinho.

Isso não se repetiu desde então, embora tenha sido detectado um aumento nos retornos ao território ucraniano.

As razões podem variar, segundo analistas, desde situações sazonais, como a Páscoa, quando muitos ucranianos de religião ortodoxa podem ter decidido celebrar o feriado em seu país, até o transporte de mercadorias e ajuda àqueles que permanecem na Ucrânia.

De acordo com a imprensa polonesa, é nos fins de semana que o fluxo de ucranianos que deixam a Polônia aumenta mais, causando esperas de várias horas em pontos de fronteira como os de Zosin e Dorohusk.

Pawel Kaczmarczyk, diretor do Centro de Pesquisa Migratória da Universidade de Varsóvia, disse à Agência Efe que os números da Guarda de Fronteiras podem não refletir toda a realidade por si só, "porque enquanto algumas pessoas voltam (para a Ucrânia) para ficar, outras podem "voltar lá só para levar coisas ou para visitar parentes".

Também não há um registro preciso de quantos permanecem no país, pois muitos viajam posteriormente para a Alemanha ou outros países europeus. EFE