Aliados de presidente tentam aplacar manifestantes com anistia na Ucrânia
KIEV, 29 Jan (Reuters) - Parlamentares leais ao presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, ofereceram nesta quarta-feira uma anistia às pessoas detidas na onda de protestos contra o governo, mas condicionaram a libertação delas à saída dos ativistas de prédios em Kiev e em outras partes da Ucrânia.
A oposição se recusou a votar na lei de anistia, o que os legisladores leais a Yanukovich esperam que ajudará a diminuir a agitação popular nas ruas que já dura dois meses. Mas o texto foi aprovado em votação apertada com 232 votos, seis a mais do que o necessário.
O projeto de lei não estava disponível, mas o autor disse que a oferta de anistia aos detidos pela polícia estava condicionada à saída dos manifestantes do prédio da Prefeitura de Kiev, assim como de edifícios da administração regional em várias cidades de todo o país.
Yuri Miroshnichenko, um parlamentar leal a Yanukovich, disse que a lei só entrará em vigor quando as instalações forem desocupadas.
Apesar de não pedir explicitamente a remoção das barricadas ou tendas da principal área de protesto em Kiev, a lei, à primeira vista, parece que provavelmente não será seguida pelos manifestantes.
Aparentemente, a lei foi aprovada sob a influência pessoal do próprio Yanukovich, que foi à sessão de emergência do Parlamento e fez reuniões a portas fechadas com facções partidárias.
(Reportagem de Pavel Polityuk)
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