Coreias do Sul e do Norte chegam a acordo para aliviar tensões
Por James Pearson e Ju-min Park
SEUL (Reuters) - As Coreias do Sul e do Norte chegaram a um entendimento na madrugada de terça-feira (horário local) depois de mais de dois dias de conversas para acabar com um impasse envolvendo uma troca de fogo de artilharia que havia colocado a península dividida em estado de tensão militar.
Segundo o acordo alcançado após a meia-noite, a Coreia do Norte lamentou que dois soldados sul-coreanos tenham se ferido em um incidente com minas terrestres e Seul concordou em parar com as transmissões de propaganda contra Pyongyang, disseram os dois lados.
A Coreia do Norte também concordou em encerrar o "quase estado de guerra" que declarou. Os dois países voltarão a conversar para discutir uma série de temas sobre o aprimoramento das relações, afirmou o comunicado conjunto.
"É muito significativo que nesta reunião a Coreia do Norte tenha se desculpado pela provocação com as minas terrestres e prometido atuar para evitar a recorrência de tais eventos e suavizar as tensões", declarou o assessor de segurança da presidente sul-coreana, Kim Kwan-jin, em declaração televisionada.
Anteriormente, Pyongyang havia negado ter colocado as minas terrestres, e não assumiu responsabilidade por elas explicitamente na declaração.
As conversas da trégua no vilarejo de Panmunjom, dentro da Zona Desmilitarizada (DMZ, na sigla em inglês) que separa as duas Coreias, começaram no sábado, pouco depois de um ultimato de Pyongyang para que seu vizinho do sul interrompesse as emissões ou enfrentaria uma ação militar.
Seul e Pyongyang estão tecnicamente em estado de guerra desde que a Guerra da Coreia de 1950-53 terminou com uma trégua, em vez de um tratado de paz.
A escalada recente nas tensões teve início no começo deste mês, quando explosões de minas terrestres na DMZ feriram dois soldados da Coreia do Sul.
Dias depois, o Sul começou a emitir propaganda contra Pyongyang com alto-falantes ao longo da fronteira.
O impasse chegou ao auge na quinta-feira, quando o Norte fez quatro disparos contra o Sul, de acordo com Seul, que reagiu com artilharia. Nenhum dos lados relatou baixas.
Após o ultimato de Pyongyang, os dois lados concordaram em realizar conversas entre assessores de primeiro escalão dos líderes das duas nações.
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