Trump diz que banir muçulmanos dos EUA espelha políticas da Segunda Guerra Mundial
WASHINGTON (Reuters) - O pré-candidato presidencial republicano mais bem colocado nas pesquisas, Donald Trump, comparou nesta terça-feira sua proposta de proibir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos a políticas da Segunda Guerra Mundial implementadas pelo presidente Franklin D. Roosevelt contra descendentes de japoneses, alemães e italianos.
"O que estou fazendo não é diferente de FDR", argumentou Trump no programa "Good Morning America", do canal ABC, uma das várias entrevistas acaloradas nas quais defendeu seu plano na esteira do ataque da semana passada na Califórnia realizado por dois muçulmanos que se radicalizaram, segundo autoridades.
"Não temos outra escolha além de fazer isto", afirmou o empresário, que busca a indicação republicana para a eleição presidencial de 2016. "Temos pessoas que querem explodir nossos prédios, nossas cidades. Temos que descobrir o que está acontecendo."
Trump, porém, admitiu que as políticas de Roosevelt foram piores. Durante a Segunda Guerra Mundial, mais de 110.000 pessoas foram detidas em campos do governo norte-americano. Roosevelt emitiu a política logo depois que os japoneses atacaram Pearl Harbor em 1941, autorizando agentes de segurança a alvejar "inimigos estrangeiros".
Críticos alertaram que o plano de Trump rejeita valores do país selecionando pessoas por sua religião e que provavelmente também seria ilegal e inconstitucional. A Primeira Emenda da Constituição dos EUA garante liberdade de culto.
(Por Susan Heavey e Emily Stephenson; reportagem adicional de David Lawder, Lisa Lambert e Megan Cassella, em Washington; de Andrew Callus, em Paris; e de Letitia Stein, em Tampa)
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