Mais de 25 anos no poder

Quem é Alexander Lukashenko, o 'último ditador da Europa'

Ditador

Alexander Lukashenko, chamado de o último ditador da Europa, se tornou o primeiro presidente eleito de Belarus em 1994, a única vez em que as eleições foram consideradas livres e justas pelos observadores internacionais.
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Firme na repressão

Apenas um mês após assumir o cargo, ele garantiu o controle da televisão e, em 1996, dissolveu o Parlamento e o Tribunal Constitucional por meio de um referendo. Ao fazer isso, ele concedeu a si mesmo o direito de legislar. Desde então, a oposição tem sido reprimida.
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Eleição suspeita

Lukashenko foi reeleito cinco vezes. Na eleição de 2020, ele recebeu 80% dos votos, de acordo com a comissão eleitoral. Mas líderes de governos que integram o bloco da UE (União Europeia) não reconheceram o resultado, sob suspeita de fraude.
Vasily Fedosenko/Reuters

Da fazenda ao poder

Ele foi criado por uma mãe solteira em um vilarejo pobre no leste de Belarus. Formou-se como professor em 1975 e cumpriu dois anos de serviço militar como instrutor político no Exército, ingressando no Partido Comunista Soviético em 1979.
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Diplomado

Estudou por correspondência e obteve um diploma em economia agrícola e industrial. Ele se tornou presidente de uma fazenda coletiva em 1985 e, depois, diretor de uma fazenda estatal na região centro-leste de Mahilyow, em 1987.
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Candidato populista

Na eleição de 1994, ele foi visto como um candidato populista sem uma agenda clara além de sua campanha anticorrupção, de acordo com Anders Aslund, um especialista do Atlantic Council em Washington.
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Governo autoritário

O governo de Lukashenko é descrito como autoritário, que lembra a era soviética, controlando os principais canais da mídia, perseguindo e prendendo oponentes políticos e marginalizando vozes independentes.
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Casos de polícia

A poderosa polícia secreta, ainda chamada de KGB, monitora de perto os dissidentes, que estão em sua maioria no exílio ou na prisão. Insultar o presidente, mesmo de brincadeira, leva à pena de prisão.
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Vodca contra covid-19

Durante a pandemia do coronavírus em 2020, ele considerou a covid-19 uma "psicose" em massa e recomendou vodca e saunas para repelir o vírus, além de não ter adotado medidas de restrição.
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Publicado em 20 de agosto de 2020.
*Com informações das agências BBC e Deutsche Welle

Edição: Mariana Tramontina