O povo bajau, que vive no Sudeste Asiático, costuma passar até cinco horas por dia debaixo d'água -- sem o uso de equipamentos específicos.
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Esses "nômades do mar" desenvolveram baços maiores para facilitar as atividades de mergulho, que são a base do estilo de vida de subsistência da comunidade.
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Apelidados de "nômades do mar", eles são conhecidos pelas suas extraordinárias capacidades de prender a respiração, já que praticam mergulho com apneia há milhares de anos.
Melissa Ilardo/The New York Times
Os mergulhos dos bajau podem durar até 10 minutos e chegar a uma profundidades de até 60 metros, segundo o The Guardian.
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Uma pesquisa divulgada na revista científica Cell afirma que a capacidade de mergulho dessa população se deve a uma característica especial que os bajau desenvolveram: baços maiores.
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Localizado no lado esquerdo do abdômen, próximo ao estômago, o baço é um órgão que filtra microrganismos do sangue e produz células de defesa, atuando na proteção do organismo contra infecções.
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Apesar de desempenhar funções importantes, o baço não é considerado um órgão vital.
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Segundo o estudo, os Bajau têm baços 50% maiores que a média. Normalmente, o órgão pesa cerca de 150 gramas e em seu ponto mais longo tem cerca de dez centímetros de comprimento.
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O baço possui um reservatório de glóbulos vermelhos oxigenados. Durante um mergulho, o órgão se contrai e esses glóbulos vermelhos oxigenados são liberados na corrente sanguínea.
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Então, debaixo d'água, estes glóbulos vermelhos seguem distribuindo oxigênio aos outros órgãos, para manter as funções humanas básicas.
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Portanto, um baço maior significa que há também um reservatório maior de glóbulos vermelhos oxigenados.
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Ao todo, foram usados como referência para a pesquisa 59 indivíduos bajau. Para o estudo, foram coletadas amostras de saliva para análise de DNA e feitos exames de ultrassom dos baços dos envolvidos.
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Com a análise de DNA, os pesquisadores também descobriram uma mutação genética no gene PDE10A, que pode ser a responsável pelo aumento do tamanho do baço dos bajau.
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Os resultados da pesquisa sugerem, então, que "os bajau sofreram adaptações únicas associadas ao tamanho do baço e à resposta ao mergulho."
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