Por Carolina Marins
No Brasil, Jair Bolsonaro segue a mesma estratégia desde o dia em que foi eleito presidente, colocando em suspeição o próprio pleito que o elegeu. A seguir, os argumentos de cada um checados pelo UOL.
Os argumentos de Trump para questionar a eleição têm dois principais pilares: votos por correio e fraude na apuração.
Ele começou atacando os votos por correio, mudou para as contagens durante a apuração e, por fim, apelou para a afirmação de "fraude generalizada".
O voto por correio, porém, existe há anos. O próprio Trump já votou assim nas eleições de 2016 e até nas primárias de 2020. No entanto, devido à pandemia, mais estados passaram a aceitá-lo e em maior quantidade.
Quando a tendência das pesquisas passou a indicar que a situação traria vantagem a Biden, Trump reagiu.
A equipe de Trump abriu mais de 60 processos judiciais contra as apurações, incluindo na Suprema Corte.
Em nenhum deles obteve sucesso.
Ainda assim, o presidente continuou com a retórica de fraude.
Ele passou a basear seu argumento nos "votos legais", em referência aos que chegaram após o fechamento das urnas.
Segundo especialistas, ao contestar a própria eleição que o elegeu, Bolsonaro está na verdade pensando em 2022.
Ao questionar agora a lisura do sistema eleitoral, ele estaria incitando seus apoiadores a negar uma derrota no ano que vem, assim como fez Trump.