"Isso é resultado um pouco desse formato. Como eles tinham liberdade para falar quando quisessem, eles não estavam tendo que se engessar tanto. Realmente foi mais espontâneo nesse sentido, e eles controlaram o curso do rio."
A jornalista Thaís Bilenky, do UOL, disse que os dois discutiram enquanto debate estava no intervalo. "Foi realmente como se as câmeras estivessem ligadas, como uma extensão [da transmissão do debate]", afirmou.
"Os bastidores estavam mais calmos, o pessoal se comportou, não teve muita gritaria. O que a gente conseguia perceber era muita orientação do marqueteiro ou do advogado para o candidato", disse. "Acho que foi um debate interessante, conseguimos expor um pouco das contradições."
"Esse é o décimo debate nessa campanha. Eu acho que foi muito legal a gente ter trazido um formato diferente. A real é essa. Ninguém mais aguenta essas propostas sem pé nem cabeça, porque eles ficam soltando e vendendo sonhos que não são reais, que não são factíveis. Na nossa sabatina, a série de sabatinas que a gente fez, mostrou muito isso."
"Eu acho que foi muito interessante. Todos os candidatos ficaram vibrando, uns mais, outros menos, justamente porque alguns não conseguiram administrar tanto tempo. Mas eu acho que a gente conseguiu, com esse debate, mostrar a capacidade deles de até se provocarem de um jeito mais saudável", afirmou a jornalista do UOL, Fabíola Cidral.
"Você destruiu um noivado, um sonho de uma mulher que tinha sete anos de namoro. Tabata, o que eu tenho a dizer é que você é uma talarica e você tinha que respeitar as mulheres." Tabata namora o prefeito do Recife, João Campos (PSB). Antes de começarem o relacionamento, Campos era noivo de outra mulher.
"É bom tomar cuidado quando a gente cria uma ilação. O Medina quando, entrou naquele ambiente, estava desesperado porque ele estava errado. O [advogado] Tassio Renam pegou no colarinho dele e falou: 'Calma, deixa eu ver se você se machucou'. Foi só isso", afirmou o ex-coach ao jornalista Diego Sarza após o debate.
"Isso aconteceu em desentendimento há 14 anos, sem nenhum tipo de agressão física, nunca houve, nunca levantei um dedo para minha esposa. É uma pena que que as pessoas utilizam isso para poder fazer esse jogo baixo na política. A gente lamenta muito. Eu até vou aproveitar aqui e pedir desculpa para minha esposa, que já sofreu tanto com isso, com esses ataques".
O apresentador do UOL Diego Sarza questionou se prefeito gostaria de responder pergunta feita várias vezes ao longo do programa."Você também caiu no golpe do Marçal. A gente tem um candidato que está desesperado, com altíssima rejeição", disse Nunes.
"Só alguém deplorável e detestável como ele diria uma coisa dessa. E na hora eu devolvi a pergunta para as mulheres. Eu consigo enxergar inteligência, preparo, honestidade em homens e mulheres, brancos e negros. A pessoa tem que ser muito suja, muito baixa, para mais uma vez atacar as mulheres como ele atacou", disse a candidata do PSB. Ela chamou o adversário de "palhaço" sobre convite para ser secretária.
"Por um lado, consegui trazer propostas importantes, consegui falar um pouco de educação, mas acho que fica claro que há um desrespeito muito grande dos candidatos. Eles não conseguem se controlar. Eles tentam no começo, mas esquecem que o debate não é sobre eles, sobre o ego deles. É sobre o eleitor. Isso está ficando cada vez mais claro."
Boulos e Marçal se juntaram, ao final do debate, para insistir de Nunes respondesse sobre B.O, mas o candidato do PSOL rejeitou veementemente que tenha havido "dobradinha". "Ele me atacou de toda coisa. Ele quis reeditar uma fake news hoje, quando fez uma insinuação relacionada a uma internação no Hospital do Servidor, onde, de fato, fiquei alguns dias com 19 anos quando enfrentei depressão crônica, e você vem falar em dobradinha? Isso não existe." O candidato do PSOL também disse que nunca escondeu posição sobre uso de drogas. "Se fosse perguntado antes, responderia antes. Quem me conhece sabe."
Após o debate, em entrevista à Diego Sarza, do UOL, Boulos elogiou o formato com banco de tempo. "É um formato dinâmico, deu oportunidade inclusive de um confronto mais direto entre os candidatos. Nem sempre isso foi feito com respeito devido, mas chama atenção ausência de resposta de Ricardo Nunes", disse. "Uma coisa é ataque baixo, todo mundo viu como Marçal age nessa eleição. Agora, outra coisa, é não ter condições de responder sobre temas de interesse público."
Após considerações finais, o debate UOL/Folha é encerrado.