Franceses lançam campanha contra 'jogo de asfixia'
Uma campanha lançada nesta segunda-feira na França alerta para os riscos de uma prática que está se tornando cada vez mais freqüente nas escolas do país: o "jogo do lenço", em que crianças e adolescentes brincam de se estrangular para sentir alucinações causadas pela falta de oxigenação e de irrigação sangüínea no cérebro.
Centenas de mortes desse tipo já teriam sido registradas na França, com uma média de dez enforcamentos fatais por ano, de acordo com a Associação de Pais de Crianças Acidentadas por Estrangulamento (Apeas, na sigla em francês).
A campanha televisiva, lançada pela associação, mostra os rostos de 25 crianças e jovens e diz que "eles brincaram o jogo do lenço, como centenas de outros, e morreram por causa disso. Acabemos com esse desastre".
A maior parte das vítimas é adolescente, mas há também crianças de apenas sete ou oito anos.
"Tomate"
Não existem estatísticas oficiais sobre o número de vítimas fatais ou de crianças e jovens hospitalizados em unidades de emergência por causa da "brincadeira" de enforcamento.
Mas um levantamento realizado em mais de 400 colégios franceses pelo professor Grégory Michel, psicoterapeuta do hospital infantil Robert-Debré, em Paris, revela que 12% dos alunos afirmaram já ter praticado o jogo do estrangulamento.
Essa prática já teria início nas escolas maternais, segundo a associação Apeas, com a brincadeira chamada "jogo do tomate", em que crianças brincam com a respiração para ver quem fica com o rosto vermelho mais tempo.
Com um pouco mais de idade, a "brincadeira" passa a ser feita por meio da compressão do pescoço, fazendo pressão nas artérias carótidas, que levam sangue ao cérebro.
Em casa
Normalmente, os acidentais fatais acontecem quando o adolescente reproduz sozinho, em casa, o "jogo" praticado por colegas na escola.
Ao tentar praticar sozinho o estrangulamento com lenços, cintos ou até mesmo cordas, ele perde o controle dos movimentos após começar a sofrer convulsões e acaba se enforcando.
A falta de oxigênio no cérebro causa perda da consciência, com alucinações e uma espécie de prazer, efeitos normalmente provocados pelo consumo de drogas.
O Ministério francês da Educação também lançou uma outra campanha preventiva contra "jogos perigosos" nas escolas, destinada especificamente a professores e a pais de alunos.
O Ministério afirma que a campanha tem o objetivo de ajudar os adultos a identificar mais rapidamente sinais de que crianças e adolescentes estariam praticando o "jogo do lenço".
Marcas vermelhas no pescoço, mudanças de comportamento ou a descoberta de um lenço ou cinto que a criança quer usar regularmente seriam alguns sinais de comportamento de risco, segundo o ministério.
Centenas de mortes desse tipo já teriam sido registradas na França, com uma média de dez enforcamentos fatais por ano, de acordo com a Associação de Pais de Crianças Acidentadas por Estrangulamento (Apeas, na sigla em francês).
A campanha televisiva, lançada pela associação, mostra os rostos de 25 crianças e jovens e diz que "eles brincaram o jogo do lenço, como centenas de outros, e morreram por causa disso. Acabemos com esse desastre".
A maior parte das vítimas é adolescente, mas há também crianças de apenas sete ou oito anos.
"Tomate"
Não existem estatísticas oficiais sobre o número de vítimas fatais ou de crianças e jovens hospitalizados em unidades de emergência por causa da "brincadeira" de enforcamento.
Mas um levantamento realizado em mais de 400 colégios franceses pelo professor Grégory Michel, psicoterapeuta do hospital infantil Robert-Debré, em Paris, revela que 12% dos alunos afirmaram já ter praticado o jogo do estrangulamento.
Essa prática já teria início nas escolas maternais, segundo a associação Apeas, com a brincadeira chamada "jogo do tomate", em que crianças brincam com a respiração para ver quem fica com o rosto vermelho mais tempo.
Com um pouco mais de idade, a "brincadeira" passa a ser feita por meio da compressão do pescoço, fazendo pressão nas artérias carótidas, que levam sangue ao cérebro.
Em casa
Normalmente, os acidentais fatais acontecem quando o adolescente reproduz sozinho, em casa, o "jogo" praticado por colegas na escola.
Ao tentar praticar sozinho o estrangulamento com lenços, cintos ou até mesmo cordas, ele perde o controle dos movimentos após começar a sofrer convulsões e acaba se enforcando.
A falta de oxigênio no cérebro causa perda da consciência, com alucinações e uma espécie de prazer, efeitos normalmente provocados pelo consumo de drogas.
O Ministério francês da Educação também lançou uma outra campanha preventiva contra "jogos perigosos" nas escolas, destinada especificamente a professores e a pais de alunos.
O Ministério afirma que a campanha tem o objetivo de ajudar os adultos a identificar mais rapidamente sinais de que crianças e adolescentes estariam praticando o "jogo do lenço".
Marcas vermelhas no pescoço, mudanças de comportamento ou a descoberta de um lenço ou cinto que a criança quer usar regularmente seriam alguns sinais de comportamento de risco, segundo o ministério.