Painel da ONU admite fim da Amazônia até 2080
A segunda parte do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), que será lançada nesta sexta-feira em Bruxelas, fará referência a novos modelos de previsão de clima que indicam, no pior dos cenários, o desaparecimento de grande parte da Floresta Amazônica até 2080 devido ao aquecimento global.
O IPCC é uma entidade que reúne os principais especialistas do mundo para discutir as mudanças climáticas no planeta.
Eles produzem relatórios especiais que tentam formar um consenso sobre as questões mais importantes e polêmicas no tema do aquecimento global.
O capítulo sobre América Latina, que será divulgado na sexta-feira, incorpora a produção científica mais relevante produzida na área desde 2001, data do último relatório do IPCC.
'Sem desmatamento'
Desde 2001, houve avanços nos modelos de previsão de clima, que ajudam a entender o impacto das mudanças climáticas na Amazônia.
"Um deles, o do Hadley Centre, é catastrófico, pois mostra a Floresta Amazônica desaparecendo até o ano 2080. Esse é um dos modelos que é discutido no IPCC", disse à BBC Brasil o professor Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Especialista em Floresta Amazônica, ele foi um dos editores que revisou as informações do relatório do IPCC sobre a região.
Segundo ele, estudos recentes têm mostrado que o aquecimento da água do Oceano Pacífico e fenômenos meteorológicos como o El Niño são cada vez mais freqüentes desde a década de 1970.
"No segundo relatório (do IPCC, divulgado em 1995), fica bem claro que o El Niño aumentou em freqüência, desde 1976. Mas o IPCC não havia opinado sobre por que isso aumentou, embora vários trabalhos publicados indicassem que seja devido ao efeito estufa", diz Fearnside.
"Agora esse último relatório é um avanço, indicando que a continuação do aquecimento global leva a esse aquecimento na água."
Segundo o professor, os fenômenos do tipo do El Niño "enlouquecem o clima", provocando secas em diversas partes do mundo. A Floresta Amazônica estaria entre os locais mais afetados, com recorrentes secas no alto do rio Negro.
"A mudança climática pode alterar o regime de chuvas, afetando as florestas. Com o tempo, a floresta seria eliminada sem ser desmatada, simplesmente por causa do clima. No seu lugar, haveria um tipo de savana, como o cerrado brasileiro."
O professor adverte que se o modelo do Hadley Centre estiver correto sobre o impacto das mudanças climáticas na Floresta Amazônica, o Brasil seria um dos países mais prejudicados com o aquecimento global.
O painel do IPCC não traz recomendações para os governos. Ele apenas fornece informações para a adoção de políticas mundiais.
O relatório que será divulgado em Bruxelas nesta sexta-feira é o quarto produzido pelos especialistas desde 1990.
O documento - que está sendo lançado em quatro partes ao longo deste ano - traz informações detalhadas sobre diversas implicações das mudanças climáticas em todas as regiões do planeta. O IPCC é uma entidade que reúne os principais especialistas do mundo para discutir as mudanças climáticas no planeta.
Eles produzem relatórios especiais que tentam formar um consenso sobre as questões mais importantes e polêmicas no tema do aquecimento global.
O capítulo sobre América Latina, que será divulgado na sexta-feira, incorpora a produção científica mais relevante produzida na área desde 2001, data do último relatório do IPCC.
O IPCC é uma entidade que reúne os principais especialistas do mundo para discutir as mudanças climáticas no planeta.
Eles produzem relatórios especiais que tentam formar um consenso sobre as questões mais importantes e polêmicas no tema do aquecimento global.
O capítulo sobre América Latina, que será divulgado na sexta-feira, incorpora a produção científica mais relevante produzida na área desde 2001, data do último relatório do IPCC.
'Sem desmatamento'
Desde 2001, houve avanços nos modelos de previsão de clima, que ajudam a entender o impacto das mudanças climáticas na Amazônia.
"Um deles, o do Hadley Centre, é catastrófico, pois mostra a Floresta Amazônica desaparecendo até o ano 2080. Esse é um dos modelos que é discutido no IPCC", disse à BBC Brasil o professor Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Especialista em Floresta Amazônica, ele foi um dos editores que revisou as informações do relatório do IPCC sobre a região.
Segundo ele, estudos recentes têm mostrado que o aquecimento da água do Oceano Pacífico e fenômenos meteorológicos como o El Niño são cada vez mais freqüentes desde a década de 1970.
"No segundo relatório (do IPCC, divulgado em 1995), fica bem claro que o El Niño aumentou em freqüência, desde 1976. Mas o IPCC não havia opinado sobre por que isso aumentou, embora vários trabalhos publicados indicassem que seja devido ao efeito estufa", diz Fearnside.
"Agora esse último relatório é um avanço, indicando que a continuação do aquecimento global leva a esse aquecimento na água."
Segundo o professor, os fenômenos do tipo do El Niño "enlouquecem o clima", provocando secas em diversas partes do mundo. A Floresta Amazônica estaria entre os locais mais afetados, com recorrentes secas no alto do rio Negro.
"A mudança climática pode alterar o regime de chuvas, afetando as florestas. Com o tempo, a floresta seria eliminada sem ser desmatada, simplesmente por causa do clima. No seu lugar, haveria um tipo de savana, como o cerrado brasileiro."
O professor adverte que se o modelo do Hadley Centre estiver correto sobre o impacto das mudanças climáticas na Floresta Amazônica, o Brasil seria um dos países mais prejudicados com o aquecimento global.
O painel do IPCC não traz recomendações para os governos. Ele apenas fornece informações para a adoção de políticas mundiais.
O relatório que será divulgado em Bruxelas nesta sexta-feira é o quarto produzido pelos especialistas desde 1990.
O documento - que está sendo lançado em quatro partes ao longo deste ano - traz informações detalhadas sobre diversas implicações das mudanças climáticas em todas as regiões do planeta. O IPCC é uma entidade que reúne os principais especialistas do mundo para discutir as mudanças climáticas no planeta.
Eles produzem relatórios especiais que tentam formar um consenso sobre as questões mais importantes e polêmicas no tema do aquecimento global.
O capítulo sobre América Latina, que será divulgado na sexta-feira, incorpora a produção científica mais relevante produzida na área desde 2001, data do último relatório do IPCC.