Cientistas identificam ligação entre gene e obesidade
Cientistas da universidade britânica de Oxford dizem ter identificado a mais clara evidência da relação entre genética e obesidade.
Eles descobriram que pessoas que possuem duas cópias de uma versão "gorda" de um gene têm risco 70% maior de serem obesas e pesam, em média, três quilos a mais do que aqueles que não têm nenhuma cópia.
O trabalho da Peninsula Medical School, de Oxdord, estudou dados de 40 mil pessoas.
As descobertas sugerem que, apesar de melhoras no estilo de vida serem fundamentais para redução da obesidade, algumas pessoas podem ter mais dificuldade para perder peso por causa dos seus genes.
Os autores dizem que o trabalho - financiado pelo The Wellcome Trust (uma das maiores entidades mundiais de financiamento de pesquisas) - poderia melhorar a compreensão sobre obesidade e eventualmente ajudar a preveni-la, assim como evitar doenças ligadas a ela.
Diferenças genéticas
A obesidade está associada a um risco maior de incidência de diabetes do tipo dois. O gene FTO, estudado na pesquisa de Oxford, foi descoberto pela primeira vez quando cientistas tentavam entender as diferenças genéticas entre pessoas com diabetes do tipo dois e aquelas sem diabetes.
Pessoas com diabetes do tipo dois tinham mais chance de ter uma determinada variação do gene FTO, que também tem ligação com peso do corpo.
A variação que faz as pessoas ficarem mais gordas difere da outra versão do FTO devido a uma pequena mutação na seqüência do DNA.
A equipe de cientistas examinou outros estudos envolvendo 40 mil pessoas e procurou essa mutação do FTO, confirmando que de fato havia uma relação entre o gene e o peso do corpo.
Pessoas com apenas uma cópia da variação "gorda" do FTO tiveram risco 30% maior de serem obesas comparadas àquelas sem nenhuma cópia da variação do gene.
As que tinham duas cópias do gene mudado tinham risco 70% maior, e, além disso, eram três quilos mais gordas do que pessoas sem nenhum gene.
O professor da Peninsula Medical School Andrew Hattersley disse que isso pode explicar porque duas pessoas diferentes podem comer os mesmos alimentos e fazer a mesma quantidade de exercícios, enquanto uma delas pode ter mais dificuldades para perder peso do que a outra.
"A mensagem típica é que se você está acima do peso, isso é devido à preguiça e gula e isso é culpa sua", disse ele.
"Este trabalho está sugerindo que há também um componente genético."
Ele disse que apesar de a diferença de três quilos parecer relativamente pequena, é suficiente para ter grande impacto no risco de obesidade.
Melhores tratamentos
"Este estudo é importante porque apresentou evidência do primeiro gene com susceptibilidade de obesidade", disse o professor Sadaf Farooqi, do departamento de Bioquímica Clínica da Universidade de Cambridge.
"Entender a susceptibilidade genética do ganho de peso será uma contribuição importante para a prevenção e o tratamento da obesidade."
A equipe ainda não sabe exatamente o que o FTO faz ou como as diferentes variantes do gene influenciam o peso do corpo.
Mas eles esperam que mais pesquisas sobre o gene possam revelar aspectos básicos da biologia da obesidade.
O diretor do Wellcome Trust, Mark Walport, disse que isso pode ter conseqüências muito positivas para a saúde pública, já que um em cada seis europeus brancos possuem duas cópias da variação do gene.
"Obesidade é um dos problemas mais desafiadores de saúde pública no Reino Unido
Eles descobriram que pessoas que possuem duas cópias de uma versão "gorda" de um gene têm risco 70% maior de serem obesas e pesam, em média, três quilos a mais do que aqueles que não têm nenhuma cópia.
O trabalho da Peninsula Medical School, de Oxdord, estudou dados de 40 mil pessoas.
As descobertas sugerem que, apesar de melhoras no estilo de vida serem fundamentais para redução da obesidade, algumas pessoas podem ter mais dificuldade para perder peso por causa dos seus genes.
Os autores dizem que o trabalho - financiado pelo The Wellcome Trust (uma das maiores entidades mundiais de financiamento de pesquisas) - poderia melhorar a compreensão sobre obesidade e eventualmente ajudar a preveni-la, assim como evitar doenças ligadas a ela.
Diferenças genéticas
A obesidade está associada a um risco maior de incidência de diabetes do tipo dois. O gene FTO, estudado na pesquisa de Oxford, foi descoberto pela primeira vez quando cientistas tentavam entender as diferenças genéticas entre pessoas com diabetes do tipo dois e aquelas sem diabetes.
Pessoas com diabetes do tipo dois tinham mais chance de ter uma determinada variação do gene FTO, que também tem ligação com peso do corpo.
A variação que faz as pessoas ficarem mais gordas difere da outra versão do FTO devido a uma pequena mutação na seqüência do DNA.
A equipe de cientistas examinou outros estudos envolvendo 40 mil pessoas e procurou essa mutação do FTO, confirmando que de fato havia uma relação entre o gene e o peso do corpo.
Pessoas com apenas uma cópia da variação "gorda" do FTO tiveram risco 30% maior de serem obesas comparadas àquelas sem nenhuma cópia da variação do gene.
As que tinham duas cópias do gene mudado tinham risco 70% maior, e, além disso, eram três quilos mais gordas do que pessoas sem nenhum gene.
O professor da Peninsula Medical School Andrew Hattersley disse que isso pode explicar porque duas pessoas diferentes podem comer os mesmos alimentos e fazer a mesma quantidade de exercícios, enquanto uma delas pode ter mais dificuldades para perder peso do que a outra.
"A mensagem típica é que se você está acima do peso, isso é devido à preguiça e gula e isso é culpa sua", disse ele.
"Este trabalho está sugerindo que há também um componente genético."
Ele disse que apesar de a diferença de três quilos parecer relativamente pequena, é suficiente para ter grande impacto no risco de obesidade.
Melhores tratamentos
"Este estudo é importante porque apresentou evidência do primeiro gene com susceptibilidade de obesidade", disse o professor Sadaf Farooqi, do departamento de Bioquímica Clínica da Universidade de Cambridge.
"Entender a susceptibilidade genética do ganho de peso será uma contribuição importante para a prevenção e o tratamento da obesidade."
A equipe ainda não sabe exatamente o que o FTO faz ou como as diferentes variantes do gene influenciam o peso do corpo.
Mas eles esperam que mais pesquisas sobre o gene possam revelar aspectos básicos da biologia da obesidade.
O diretor do Wellcome Trust, Mark Walport, disse que isso pode ter conseqüências muito positivas para a saúde pública, já que um em cada seis europeus brancos possuem duas cópias da variação do gene.
"Obesidade é um dos problemas mais desafiadores de saúde pública no Reino Unido