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Lula tem novo encontro marcado com o centrão
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O favoritismo de Lula nas pesquisas contrasta com o raquitismo da coligação partidária que se juntou ao redor do candidato. Isso não chega a ser um drama eleitoral. Mesmo sozinho, o PT teria caixa e tempo de propaganda para tocar a campanha. O problema é que, se prevalecer nas urnas, Lula terá de ralar para ter o centrão de volta. A situação de Bolsonaro é muito parecida. A diferença é que o centrão já tem o atual presidente nas mãos.
O pequeno PSB apoiará Lula. Mas preferiu não se acorrentar ao PT num casamento de quatro anos. Abespinhou-se com a falta de generosidade do parceiro nas composições estaduais. E pressentiu que seria engolido. Ameaçados de extinção, PCdoB e PV toparam se submeter à hegemonia petista numa federação partidária.
A iminente filiação do ex-tucano Geraldo Alckmin ao PSB, com sua provável conversão em vice da chapa do PT, sinaliza o desejo de Lula de compor com a centro-direita uma coalizão para governar o país em caso de vitória.
Presidente eleito no Brasil sempre atrai o centro fisiológico. Mas surgiu uma novidade. O miolo fisiológico do Congresso cansou de ser guiado. Assumiu as rédeas do Orçamento federal. E não parece disposto a ceder os espaços conquistados. Ao contrário.
Montado num fundo eleitoral de quase R$ 5 bilhões e municiado com emendas que somam R$ 33,5 bilhões, o centrão deve voltar mais forte em 2023. Partidos como União Brasil, MDB e PSDB articulam blocos alternativos, para se contrapor ao pelotão comandado por Arthur Lira, atual presidente da Câmara. Mas o que move o grupo não é o desejo de devolver poderes ao Executivo. Deseja-se assumir o controle do Orçamento, como um novo centrão.
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