Justiça decide manter Marcola preso em presídio federal por mais um ano
A Justiça de São Paulo acatou o pedido de renovação da permanência do preso Marco Willians Herbas Camacho, 57, o Marcola, apontado como líder máximo do PCC (Primeiro Comando da Capital), por mais um ano em penitenciária federal.
A decisão é do Deecrim 1 (Departamento Estadual de Execução Criminal-1), da capital paulista. O MP-SP (Ministério Público do estado de São Paulo) havia se manifestado favoravelmente à prorrogação do prazo de internação do preso.
Segundo o MP-SP, a Justiça entendeu que Marcola é o "principal chefe da organização criminosa, com total e absoluta influência e atividade máximas perante os integrantes da facção, além de ser o maior alvo de resgate dos planos de fuga do grupo criminoso".
Na sentença, o Deecrim afirma que Marcola quando cumpria pena em São Paulo, "continuava exercendo o comando do PCC e ainda praticava crimes, mesmo encontrando-se recolhido em unidade de segurança máxima estadual"
O Deecrim observou ainda que "as penas do presidiário ultrapassam 300 anos de condenação, incluindo homicídios, roubos, porte e posse de arma de fogo de uso restrito, restando ainda 260 anos de reprimenda a cumprir".
Na avaliação da Justiça, o retorno de Marcola para um presídio de São Paulo "o colocará de volta às atividades criminosas que sempre desempenhou".
Marcola desestabiliza o sistema, diz SAP
Para a SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária), "Marcola possuiu relevante potencial de desestabilizar o sistema carcerário de São Paulo e, por isso, é desfavorável o retorno do sentenciado ao estado de origem".
Marcola cumpre pena na Penitenciária Federal de Brasília. Ele foi removido para unidade federal em fevereiro de 2019, junto com outros presos da cúpula do PCC que estavam na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP).
Transferência se deu após plano de resgate
A transferência foi feita a pedido do promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado), de Presidente Prudente, subordinado ao MP-SP.
Segundo Gakiya, no final de 2018 foi descoberto um plano para resgatar Marcola e outros líderes do PCC em Presidente Venceslau.
Na ocasião, policiais militares do Comando de Choque reforçaram o patrulhamento na região. Até o aeroporto da cidade foi fechado para evitar uma possível ação de integrantes do PCC.
A ação, diz o MP-SP, seria coordenada por Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, braço direito de Marcola, que à época encontrava-se foragido. Fuminho foi preso em abril de 2020, em Moçambique, e está em unidade federal no Brasil.
9 comentários
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Jose Luiz Behnke Urbenski
Deixa que o Gilmar já vai soltar ele...
João Luís Nery
Logo STF ou o ministro da justiça mandam soltar
Marcelo Soudo Dante
Daqui a pouco a cumpanherada solta ele