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Vídeo em que deputado petista é hostilizado em avião é de 2019

7.nov.2022 - Vídeo em que deputado José Guimarães é hostilizado é de 2019 - Arte/UOL Confere sobre Reprodução/Facebook
7.nov.2022 - Vídeo em que deputado José Guimarães é hostilizado é de 2019 Imagem: Arte/UOL Confere sobre Reprodução/Facebook

Pedro Vilas Boas

Colaboração para o UOL

07/11/2022 15h23Atualizada em 07/11/2022 15h23

É distorcida a publicação de um vídeo no Facebook, compartilhada no sábado (5), em que o deputado federal José Guimarães (PT-CE) aparece sendo hostilizado por um homem dentro de um avião. A postagem omite que a gravação é de 2019 e o autor das ofensas já foi condenado pela Justiça por causa do episódio.

O que diz o post? A publicação distorcida conta com a seguinte descrição: "'Vixi'! O povo brasileiro indignados (sic)".

No vídeo, Gilberto Alves Júnior sentou-se ao lado de Guimarães em um avião e o acusou: "Aqui eu tô do lado do capitão cueca, que foi pego com dinheiro na cueca. Aqui é o Zé Guimarães, do PT, que roubou o Brasil inteiro. Mandou dinheiro para Cuba, para a Venezuela, apareceu na televisão com dinheiro na cueca. Se defenda, deputado, diga aí! Cadê o dinheiro que estava na cueca?".

Na gravação, é possível ver que o deputado se mantém quieto, fotografa o homem e afirma que irá processá-lo. Gilberto Alves Júnior continua a falar, fazendo piadas e provocando o político.

Condenação. O homem que hostilizou o deputado do PT dentro de um avião em 2019 foi condenado pela Justiça Federal do Distrito Federal em abril deste ano por crime de injúria, sentenciado a cinco meses de prisão e multa de R$ 5 mil a Guimarães.

De acordo com a juíza Pollyanna Kelly Alves, da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, o caso "não consubstancia exercício do direito à liberdade de expressão e manifestação do pensamento". Além disso, ela considera que Guimarães não tinha como fugir dos insultos.

Processo contra Guimarães extinto. Após 16 anos, a Justiça Federal encerrou em agosto do ano passado o processo contra o deputado federal José Guimarães por suspeita envolvimento no episódio em que um assessor dele, José Adalberto Vieira, foi preso no embarque do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com US$ 100 mil escondidos na cueca e mais R$ 209 mil em uma mala de mão.

O episódio, que ficou conhecido como "caso dos dólares na cueca", aconteceu no dia 8 de julho de 2005, em meio aos desdobramentos do escândalo do mensalão.

O juiz Danilo Fontenele Sampaio, da 11ª Vara Federal do Ceará, reconheceu a prescrição do caso tanto para o parlamentar quanto para o assessor, determinando a extinção de possibilidade de qualquer punição criminal por falta de provas.

Alcance. A publicação distorcida no Facebook registra 276 mil visualizações, mais de 6,6 reações e 5,7 mil comentários.

O UOL Confere considera como distorcido conteúdos que usam informações verdadeiras em contexto diferente do original, alterando seu significado de modo a enganar e confundir quem os recebe.

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