Homem de touca não é autor de atentado contra Trump; suspeito foi morto
O atentado contra o candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, Donald Trump, não foi cometido por um homem chamado Mark Violets, como afirmam publicações que circulam nas redes sociais.
O autor dos disparos foi identificado pelo FBI como Thomas Matthew Crooks.
O que diz o post
A publicação mostra um homem de touca e óculos escuro com um texto sobreposto à imagem: "Identificado e morto atirador de Donald Trump [...] Mark Violets".
"Atirador de Trump foi identificado como Mark Violets, um conhecido extremista antifa. Ele supostamente enviou um vídeo no YouTube antes do ataque intitulado 'a justiça estava chegando'. Ele foi morto logo após atirar em Trump. 2 pessoas foram mortas", diz a legenda da publicação.
Por que é falso
Atirador não foi identificado pelo FBI como Mark Violets. Horas após o atentado, o FBI divulgou que o autor dos disparos contra o ex-presidente se tratava de Thomas Matthew Crooks (aqui e aqui). Ele foi morto pelo serviço secreto logo após o atentado.
Homem da fotografia não se chama Mark Violets e não é suspeito. Ao realizar uma busca simples com o nome "Mark Violets" no Google (aqui), é possível ver outras checagens internacionais sobre Mark (aqui, aqui e aqui). Nas matérias, é explicado que o homem de touca não está envolvido no atentado e que o nome dele é uma tradução de "Marco Violi".
Mark Violets, na verdade, se chama Marco Violi e é um jornalista italiano. Em um comunicado publicado no Instagram (aqui), Violi se diz vítima de desinformação e que fará uma queixa contra quem espalhou essa notícia.
Nego categoricamente que esteja envolvido nesta situação. Fui acordado no meio da noite (às 2h da manhã na Itália, para ser mais preciso) pelas inúmeras notificações que recebi no Instagram [...] As notícias que circulam sobre mim são totalmente infundadas e são organizadas por um grupo de haters que vem arruinando minha vida desde 2018, inclusive com vigias em minha casa, fotos do meu interfone e da minha porta de entrada.
Marco Violi, jornalista italiano
Esse conteúdo também foi checado pela Lupa (aqui) e Reuters (aqui).
Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.
Fabíola Cidral conta como reconhecer logo de cara uma fake news