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Nadadora trans dos EUA não foi suspensa pelo Comitê Olímpico Internacional

21.ago.2024 - Lia Thomas não foi suspensa pelo Comitê Olímpico como sugerem posts nas redes sociais Imagem: Arte/UOL Confere sobre reprodução/Facebook

Thâmara Kaoru

Colaboração para o UOL, em Davidson (EUA)

21/08/2024 19h03

É falso que Lia Thomas, nadadora transgênero dos Estados Unidos, foi suspensa pelo Comitê Olímpico Internacional como sugerem posts nas redes sociais.

Na verdade, a atleta perdeu uma batalha judicial contra a World Aquatics (Federação Internacional de Esportes Aquáticos) e ficou de fora dos jogos de elite, como as Olimpíadas de Paris.

O que diz o post

A legenda da publicação diz: "O Comitê Olímpico suspendeu Leah Thomas das competições de natação feminina sem explicar o motivo", seguido de cinco emojis de risada.

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Logo depois aparece a foto da nadadora com maiô e a genitália masculina aparente. O desenho do gato Félix dando gargalhada é sobreposto à imagem.

Por que é falso

Lia perdeu batalha judicial e ficou fora de grandes eventos. Em junho deste ano, a nadadora foi derrotada em um processo contra a World Aquatics. Ela queria derrubar uma política que impede mulheres trans de competir em divisões femininas. O caso, porém, foi rejeitado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), e ela foi impedida de competir em provas de elite (aqui). Em junho, o UOL Confere já havia desmentindo outro post sobre ela (aqui)

Atleta não participou de seletiva para Olimpíadas. Com a decisão judicial, a atleta não participou das seletivas para os jogos olímpicos e não competiu em Paris. Não houve, portanto, suspensão do Comitê Olímpico Internacional.

Foto de nadadora foi alterada. A imagem do post, em que a genitália masculina aparece, foi editada. A foto original é do fotógrafo Hunter Martin e foi tirada em 2019 (aqui).

Lia Thomas foi primeira atleta transgênero campeã universitária dos EUA. Em 2022, a nadadora venceu as 500 jardas no campeonato universitário da NCAA, uma conferência formada só pelas universidades da elite acadêmica (aqui). A terapia de transição hormonal da americana começou em maio de 2019. Antes, a atleta frequentou a Universidade da Pensilvânia e nadou na equipe masculina entre 2017 e 2020.

Viralização. Até esta quarta-feira (21), uma publicação no Facebook tinha mais de 1.100 reações e cerca de 940 comentários.

Este conteúdo também foi checado por Lupa.

Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.

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