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Soldados do Exército e vigilantes de saúde vão à Cidade Estrutural combater o mosquito da dengue

Da Agência Brasil<br>Em Brasília

22/03/2010 14h35

Cinco equipes formadas por dez soldados do Exército e um vigilante de saúde estiveram hoje (22) na Cidade Estrutural, na periferia do Distrito Federal, para combater focos do mosquito da dengue. A operação conjunta faz parte de uma estratégia da Secretaria de Saúde do DF com apoio das Forças Armadas.

Os soldados entram nas casas para orientar a população quanto ao risco de deixar recipientes que possam guardar água parada e assim se tornar depósito de larvas dos mosquitos. Além da orientação, os soldados aplicam larvicidas em possíveis criadouros e alertam a população para que não “dêem água para o mosquito”.

O fiscal de Vigilância em Saúde, Antonio Lacerda, diz que a maior dificuldade das equipes ocorre quando as casas estão fechadas, o que obriga a estender o trabalho nos finais de semana.

Segundo ele, é raro que os moradores recusem a visita das equipes, pois sabem da importância das ações de combate ao mosquito transmissor. “É de fundamental importância uma ação como essa para controlar o índice de casos. Quanto mais a gente agir no combate ao mosquito, melhor.”

De acordo com Lacerda, os mosquitos preferem água limpa para depositar seus ovos. Ele alerta que até uma tampinha de garrafa pode ser criadouro da larva e que é importante que a população esteja sempre atenta.

“O morador é o principal combatente do mosquito, então ele não pode deixar de fazer sua parte, porque os agentes não podem estar o tempo inteiro nos quintais. Estamos constantemente tentando controlar os focos, então é importante que a população não se descuide.”

A moradora Judite da Silva recebeu orientações sobre como deve ser feita a limpeza dos recipientes de água para evitar que os ovos do mosquito permaneçam nas paredes dos tambores e das caixas d’água. Ela diz que os agentes sempre passam pela localidade para reforçar as recomendações.

“Aqui é comum faltar água, então a gente precisa guardar em tambores. Mas sempre tenho o cuidado de não deixar a água limpa em recipientes destampados. A gente faz nossa parte, mas nem sempre os vizinhos colaboram.”

Depois de quase duas horas de vistoria, a equipe encontrou o primeiro foco do mosquito. As larvas estavam depositadas em uma lona dobrada e jogada no quintal de uma casa. De acordo com o fiscal, é comum encontrar focos do mosquito em qualquer lugar que acumule água parada.

A ação conjunta da Secretaria de Saúde e do Exército vai se estender por toda a semana priorizando as cidades que apresentaram maior índice de incidência de notificações da doença desde o início do ano: Estrutural, Planaltina, São Sebastião e Ceilândia.