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Polícia Civil conclui inquérito e indicia assassino confesso de Glauco

Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, assassino confesso do cartunista Glauco Vilas Boas e de seu filho Raoni, é visto em uma cela na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu (PR) - Christian Rizzi/Gazeta do Povo/AE
Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, assassino confesso do cartunista Glauco Vilas Boas e de seu filho Raoni, é visto em uma cela na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu (PR) Imagem: Christian Rizzi/Gazeta do Povo/AE

Do UOL Notícias*

Em São Paulo

13/04/2010 17h39

Atualizada às 19h07

A Polícia Civil concluiu na tarde desta terça-feira (13) o inquérito do assassinato do cartunista Glauco Villas Boas e de seu filho Raoni, mortos no último dia 12 de março, em Osasco (Grande SP).

Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, assassino confesso, foi indiciado por duplo homicídio qualificado (por não dar direito a defesa das vítimas). Em entrevista coletiva concedida hoje, o delegado do caso, Archimedes Cassão Veras Júnior, disse que o estudante Felipe Iasi, que levou Nunes à casa de Glauco na noite do crime, foi indiciado por participação no crime.

Iasi nega envolvimento e foi inocentado por Nunes, que alegou que o amigo deixou a casa antes do homícídio. A polícia, no entanto, acredita que Nunes tenha fugido no automóvel de Iasi, já que o rastreamento do celular do acusado no dia do crime aponta que ele percorreu uma distância longa em um curto período de tempo. Segundo informações da "Folha de S.Paulo", a polícia cruzou os dados do celular com informações emitidas pelo GPS do carro de Iasi para concluir que os dois saíram juntos da casa de Glauco.

O caso, que corre em segredo de Justiça, foi enviado à 2ª Vara do Júri de Osasco. Cabe ao Ministério Público denunciar ou não os envolvidos.

Transferência
Também nessa terça, a Justiça de Foz do Iguaçu autorizou a transferência de Nunes para a Penitenciária de Segurança Máxima de Catanduvas (PR). O juiz federal substituto da 2ª Vara Criminal, Mateus de Freitas Cavalcanti Costa, acatou os argumentos da Polícia Federal e admitiu a transferência.

Entre os motivos alegados pela polícia estão a superlotação do local onde Nunes está preso e o risco à integridade física do suspeito e dos demais detentos, haja vista a sua "postura violenta e agressiva".

O caso
Glauco e Raoni foram mortos a tiros na casa do cartunista, em Osasco, na madrugada da sexta-feira, dia 12 de março. Nunes era conhecido da família por já ter frequentado a igreja Céu de Maria, que segue os princípios do Santo Daime e foi fundada por Glauco.

Segundo o relato das testemunhas, o assassino confesso estava transtornado e delirava. Ele estava armado com uma pistola automática e uma faca. Glauco tentou negociar e chegou a ser agredido.

No meio da discussão, Raoni chegou ao local de carro. Em seguida, Nunes atirou contra pai e filho. Os dois chegaram a ser atendidos no hospital, mas não resistiram.

Nunes confessou os crimes e disse que matou os dois porque queria que Glauco dissesse que seu próprio irmão era Jesus Cristo encarnado.

*Com informações da Folha Online