Cissa Guimarães reage "com serenidade" a indiciamento de atropelador de seu filho
A atriz Cissa Guimarães recebeu “com serenidade” a notícia do indiciamento de Rafael Bussamra por homicídio doloso eventual (com intenção de matar), segundo afirma seu advogado, Técio Lins e Silva. Quarenta e quatro dias após a morte de Rafael Mascarenhas, atropelado na madrugada do dia 20 de julho no túnel Acústico, zona sul do Rio de Janeiro, a delegada titular da 15ª DP (Gávea) anunciou nesta quinta-feira (2) a conclusão do inquérito.
O condutor do veículo, Rafael Bussamra, foi indiciado pelos crimes de homicídio doloso, corrupção ativa, fraude processual (adulteração de provas) e fuga. Gabriel Henrique Ribeiro, que conduzia o veículo com o qual Rafael Bussamra estava disputando “racha”, segundo a polícia, foi indiciado por homicídio doloso e fuga. Já o pai de Bussamra, o empresário Roberto Martins Bussamra, foi indiciado por corrupção ativa e fraude processual; seu outro filho, Guilherme Bussamra, também foi indiciado por fraude.
“Dolo eventual é dolo. É alguma vontade. É um impacto muito grave na vida de quem vai ser indiciado e julgado por isso. Então nós precisávamos ter o máximo de cuidado e de informações que fosse possível para chegar à conclusão”, disse a delegada Bárbara Lomba, explicando que fundamentou a decisão nos indícios de que os ocupantes dos dois veículos sabiam da interdição do túnel e conduziam em alta velocidade. “Os autores previram o que podia acontecer e aceitaram aquilo como algo tranquilo”, concluiu.
“Não é nenhuma surpresa. Na verdade, as circunstâncias do fato já indicavam este resultado”, afirmou o advogado de Cissa Guimarães após a conclusão do inquérito. O encaminhamento dos autos ao Ministério Público ocorre ainda nesta quinta-feira. Cabe ao MP analisar as acusações e fazer a denúncia à Justiça.
Tribunal de júri
Na hipótese de o MP denunciar Rafael Bussamra e Gabriel Henrique Ribeiro por homicídio doloso, o caso será julgado por um tribunal de júri, conforme determina a legislação brasileira.
“Sou partidário do júri. Acho que o júri erra menos do que erra o juiz togado, do que a Justiça profissional. Porque o júri julga de consciência. O júri afere o sentimento da cidade e sinaliza o comportamento que se quer da sociedade. O júri é a forma mais democrática de se fazer justiça, no meu modo de ver”, opinou Técio Lins e Silva.
A reportagem tentou contato com os advogados da família Bussamra, mas não obteve retorno.
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