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Menino baleado em escola de Embu das Artes é enterrado em SP

Do UOL Notícias*

Em São Paulo

30/09/2010 16h38

O menino Miguel Cestari Ricci dos Santos, 9, foi enterrado nesta quinta-feira (30) no Cemitério São Paulo, na zona oeste da capital, em cerimônia fechada que durou cerca de 10 minutos, segundo a administração do cemitério. Cerca de 200 pessoas participaram do velório. Miguel morreu na tarde de ontem depois de ter sido baleado na sala de aula do Colégio Adventista, em Embu das Artes, na Grande São Paulo, onde estudava.  

As aulas na escola foram suspensas e só devem ser retomadas na segunda-feira. A Polícia Civil esteve no local ontem para tentar descobrir como ele foi baleado em uma das salas de aula e retornou à escola nesta quinta-feira para continuar a perícia.

Miguel levou um tiro na região cervical, chegou a ser levado para o Hospital Family, em Taboão da Serra, onde passou por uma cirurgia emergencial, mas morreu de parada cardiorrespiratória.

Segundo a escola, o incidente aconteceu por volta de 12h. Pais ouvidos pelo UOL Notícias disseram que as crianças, que estão no quarto ano, estavam no último período em atividade de recreação. Quando elas voltaram para a sala de aula para pegar as mochilas e ir embora, encontraram Miguel sozinho, já baleado. 

Os pais acreditam que o tiro foi dado por outra criança, que pode ter ido embora da escola em seguida, já que era horário de saída. A arma usada ainda não foi encontrada.

A assessoria de imprensa do colégio informou que o diretor da instituição está acompanhando o caso e que "a equipe de professores e funcionários de nossa escola está procurando dar toda atenção e apoio à família da vítima".

Os pais dos alunos reclamam de falta de informação. Segundo a mãe de uma das crianças que encontrou Miguel, alguns alunos disseram que o menino tinha se cortado, outros falaram em bomba no colégio. Ninguém foi informado sobre o tiro.

Ontem, as primeiras informações eram de que a polícia teria sido chamada para atender a uma ocorrência de bomba na escola, mas chegando ao local não havia indício do acidente. Os agentes encontraram então o diretor da escola tentando reanimar a criança com massagem cardíaca.

O caso está sendo investigado pelo setor de homicídios da delegacia de Embu das Artes. Alunos e funcionários devem ser ouvidos pelo delegado responsável Carlos Eduardo Ceroni. A reportagem tentou contato com o delegado, mas ele não foi localizado para comentar o caso.

* Com reportagem de Ana Ikeda, em Embu das Artes.