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Um em cada três voos domésticos partiu com atraso nesta quinta

Movimento no aeroporto de Brasília na quarta-feira (23). Veja mais imagens - Alan Marques/Folhapress
Movimento no aeroporto de Brasília na quarta-feira (23). Veja mais imagens Imagem: Alan Marques/Folhapress

Do UOL Notícias<br>Em São Paulo

23/12/2010 04h34Atualizada em 23/12/2010 11h59

Mesmo com a suspensão da greve dos aeroviários, os aeroportos brasileiros operam com atrasos acima da média nesta quinta-feira (23), antevéspera de Natal. Segundo boletim da Infraero divulgado às 11h, dos 997 voos programados, 312 partiram fora do horário (31,3%) e 50 (5%) foram cancelados. Ou seja, um em cada três voos domésticos saíram com pelo menos 30 minutos de atraso em relação ao horário previsto para a decolagem.

Em relação aos voos internacionais, dos 75 voos programados, 24 atrasaram (32%).

Na última hora, o índice de atraso de voos domésticos nos aeroportos foi de 9,1%. A pior situação é registrada no aeroporto de Brasília (DF), onde 18,1% dos voos atrasaram. Em Congonhas (SP), o atraso atingiu 7,3% dos voos previstos para sair entre 10h e 11h, enquanto em Guarulhos o atraso é de 9%. No Galeão (RJ),  10% dos voos previstos para a última hora não decolaram dentro do previsto.

Na quarta-feira (22), dos 2.580 voos domésticos programados entre 0h e 23h, 930 (ou 36%) atrasaram.

A greve dos trabalhadores do setor aéreo (aeronautas e aeroviários), programada para ter início na madrugada desta quinta-feira (23), foi suspensa temporariamente pelos sindicatos que representam a categoria. A informação foi confirmada pelo comandante Gelson Fochesato, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas.

Na noite de quarta, o Tribunal Superior do Trabalho concedeu uma liminar (decisão provisória) determinando que fossem mantidos em atividade 80% dos funcionários das companhias aéreas entre hoje e o dia 2 de janeiro.

Mesmo com a suspensão da greve, os aeroviários realizaram, às 5h30 desta manhã, uma passeata no aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos. Eles reivindicam reajuste salarial, mas não chegaram a um acordo com as companhias aéreas.

Conheça os principais direitos dos passageiros

Assistência materialA partir de uma hora de atraso, o passageiro tem direito a telefone ou internet disponível. A partir de duas horas de atraso, a companhia deve fornecer alimentação adequada ao tempo de espera (voucher, lanche, bebidas); e a partir de quatro horas de atraso em relação ao horário previsto de voo, os afetados devem receber acomodação em local adequado (espaço interno do aeroporto ou ambiente externo com condições satisfatórias para aguardar pela reacomodação) ou hospedagem (quando necessária), incluindo eventual transporte do aeroporto ao local de acomodação
ReacomodaçãoImediata no caso de cancelamento ou preterição. Nos atrasos, reacomodação no próximo voo da companhia ou de outra empresa na mesma rota. O passageiro que aguarda reacomodação tem prioridade sobre os que ainda não adquiriram passagem
InformaçãoCompanhia deve informar direitos do passageiro e os motivos do atraso, cancelamento ou preterição, inclusive por escrito (o que pode ser usado em pedidos de indenizações, se for o caso)
ReembolsoPara o passageiro que desistir da viagem por cancelamento ou atraso acima de quatro horas, reembolso integral do valor do bilhete, na mesma forma do pagamento (cartão de crédito ou crédito bancário)
IndenizaçãoO passageiro pode pedir reparação no poder Judiciário se entender que o atraso causou dano moral. Por exemplo, se não chegou a tempo a uma reunião de trabalho ou perdeu um casamento

Como reclamar

AnacPara apresentar reclamação sobre irregularidades cometidas pela companhia, os passageiros podem entrar em contato com representantes da Anac pessoalmente nos principais aeroportos, ou 24 horas por dia pelo telefone 0800 725 4445, com atendimento em português, inglês ou espanhol. Na internet, o endereço é www.anac.gov.br/faleanac. A Anac avalia a denúncia e pode multar a companhia infratora
ProconA Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) recebe reclamações a respeito de qualquer falha no serviço. O Procon procura a empresa e busca uma conciliação que garanta o direito do cliente
JudiciárioA avaliação de indenizações em caso de suposto dano moral é feita pelo Poder Judiciário. Nestes casos, o passageiro deve procurar o Ministério Público