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Apesar do alto número de casos, prefeitura nega novo surto de diarreia no Guarujá (SP)

Do UOL Notícias

Em São Paulo

07/01/2011 16h12

A Prefeitura do Guarujá, na Baixada Santista, informou nesta sexta-feira (7) que houve aumento do número de casos de diarreia na cidade litorânea em relação ao ano passado, mas que não se trata de surto da doença, como houve nas últimas férias de dezembro e janeiro.

Desde o último domingo, 850 pacientes passaram por atendimento médico: 500 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e 350 no Hospital Santo Amaro, em Pitangueiras. As duas unidades costumam atender, juntas, uma média de 60 pessoas por dia. Segundo a prefeitura, no entanto, o alto número de casos não pode ser chamado de surto, como ocorreu no ano passado, quando foram contabilizados 1.774 casos.

A administração afirma que 30 pessoas eram atendidas regularmente por dia com diarreia, e que, do final de ano até o momento, os atendimentos aumentaram para 100 casos por dia. A prefeitura credita o aumento ao número de turistas nessa época, que fez também triplicar a população no município.

A Secretaria Municipal de Saúde diz que o número de casos detectados até o momento está “dentro dos padrões de normalidade”, sendo um “reflexo do grande fluxo de pessoas na cidade”. Diz ainda que a diarreia é própria do verão, “não apresentando, na maioria das vezes, complicações importantes”.

Ainda conforme a secretaria, outro fator responsável pelo alto número de casos é a “ocorrência de longos períodos de chuva e calor intenso, que facilitam a deterioração dos alimentos, a contaminação das coleções hídricas e a transmissão de doenças”.

Para a administração, tudo indica que o agente causador dos casos este ano é o norovirus –o mesmo identificado em 2010. “Esse vírus possui um curto período de incubação e causa diarreia de início rápido com ou sem episódios de vômito e podendo ou não causar dores no corpo. Pode acometer crianças, porém os adultos são mais susceptíveis”, diz a nota.

O contágio ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados e por meio do contato com objetos infectados e que são compartilhados entre um ou mais indivíduos como, por exemplo, a divisão de bebidas no mesmo recipiente. Mas também pode ocorrer pelo contato direto com indivíduos que apresentam os sintomas da doença (transmissão através de gotículas expelidas através do espirro, tosse ou fala).

A prefeitura recomenda que as pessoas que apresentarem estes sintomas devem iniciar hidratação oral com soro caseiro, bebidas isotônicas e água de coco. Essas medidas ajudarão a hidratar o corpo e diminuir o mal estar ocasionado pela diarreia. Além disso, não devem se automedicar. O ideal é manter a hidratação e alimentação leve, com redução de gorduras e fibras.