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Namorada do delegado que agrediu cadeirante em S.J. dos Campos depõe nesta terça-feira

Rodrigo Machado

Especial para o UOL Notícias<br> Em São José dos Campos (SP)

31/01/2011 17h32

A namorada do delegado afastado sob a acusação de agressão a um cadeirante em São José dos Campos (91 km a noroeste de São Paulo), Luciana Borsois de Paula, prestará depoimento amanhã (1) à tarde na Corregedoria da Polícia Civil.

Ela presenciou a agressão do delegado Damásio Marino ao cadeirante e advogado Anatole Magalhães Macedo Morandini, no último dia 17, após discussão por causa de uma vaga de estacionamento exclusiva para portadores de deficiência física.

O advogado de Marino, Luiz Antônio Lourenço da Silva, disse ao UOL Notícias que a namorada de seu cliente está em repouso absoluto nesta segunda-feira e só prestará depoimento com a autorização do médico. Ela está grávida de quatro meses.

“Só terei essa informação amanhã (1). Enquanto isso, tanto o meu cliente quanto a namorada dele estão descansando e não comentarão o caso. Vamos provar na Justiça que o dr. Damásio é inocente”, informou Silva.

Na última sexta-feira, o promotor Flávio Albernaz, da 5ª Promotoria de Justiça Criminal, apresentou a denúncia contra o delegado e anexou outro processo de agressão contra Marino, no qual ele é acusado de violência doméstica pela ex-mulher Olga de Fátima Prianti, em 2009.

Em depoimento à polícia, a ex-mulher disse que Marino chegou a atirar contra ela em 2009. Exame de corpo de delito comprovou que uma das balas chegou a ferir de leve um de seus braços.

Entenda o caso
O delegado Damásio Marino agrediu no dia 17 de janeiro o cadeirante Anatole Morandini, na região central de São José dos Campos. A confusão teria começado porque o cadeirante repreendeu o delegado por estacionar seu carro em uma vaga pública destinada aos portadores de deficiência física. O acusado não é portador de deficiência física.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o cadeirante sofreu lesões no lado esquerdo da cabeça, dos olhos e no lábio superior, causadas por objeto contundente. A Corregedoria da Polícia Civil informou que o advogado da defesa de Marino disse ter sido apenas "dois tapas" em Morandini após seu cliente ter sido xingado e recebido uma cusparada do cadeirante. O delegado continua afastado. Se for condenado poderá ser exonerado e cumprir pena de até oito anos.