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Chuva obriga represa a abrir comportas e alaga casas às margens do rio São Francisco

Chuva obriga represa a abrir comportas e alaga casas às margens do rio São Francisco - Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
Chuva obriga represa a abrir comportas e alaga casas às margens do rio São Francisco Imagem: Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais

Especial para o UOL Notícias<BR>Em Belo Horizonte

22/03/2011 15h09

As fortes chuvas que atingiram Minas Gerais nos últimos dias obrigaram a abertura das comportas da represa de Três Marias para a liberação de um volume maior de água. A medida atingiu famílias ribeirinhas nos municípios de Pirapora e Buritizeiro (ambas no norte de Minas), que foram obrigadas a sair de suas residências. De acordo com a Defesa Civil, a cheia do rio São Francisco encobriu cerca de 60 casas, mas toda a população foi retirada antes da alta do nível e ninguém se feriu.

O volume de água começou a ficar mais intenso na madrugada de domingo (20) e atingiu principalmente as comunidades a jusante da barragem: Ilha do Coqueiro, Ilha da Pimenta e Ilha Marambaia. Ao todo, aproximadamente cem pessoas foram retiradas das áreas mais vulneráveis. Todas foram levados para a casa de parentes na área central de Pirapora.

O Corpo de Bombeiros usou três barcos e um jet ski para resgatar os moradores. As equipes de resgate também conseguiram salvar alguns animais de pequeno porte e uma parte da mobília e pertences pessoais das famílias.

A Cemig, fornecedora de energia elétrica em Minas e responsável pela represa de Três Marias, afirma que o nível das águas do São Francisco subiu 1,53 metro entre sexta-feira (18) e domingo (20). Técnicos da empresa dizem que a população deve permanecer em alerta, pois o nível do rio ainda deve variar, mesmo que de forma mais lenta. A previsão meteorológica indica que as chuvas devem continuar na bacia do rio São Francisco, mas com intensidade menor do que no último fim de semana.

Balanço

Desde o início do período chuvoso, 144 cidades mineiras já decretaram estado de emergência e 18 pessoas morreram em decorrência de enchentes e soterramentos.

As autoridades estimam que mais de 1,5 milhão de pessoas já foram diretamente afetadas pelas chuvas. As últimas cidades a acionar a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil foram Lavras e Andradas, no sul do estado.