Presídios de São Paulo com casos de conjuntivite suspendem visitas e remoção de presos
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) suspendeu as visitas em presídios paulistas onde há casos de conjuntivite registrados e determinou a interdição das unidades prisionais, segundo normas da Vigilância Epidemiológica.
De acordo com o último levantamento do órgão, a doença chegou aos CDPs (Centro de Detenção Provisória) de Piracicaba, Hortolândia e Campinas. O presídio de Americana, apesar de não constar nas informações da SAP, também está com as visitas suspensas devido a casos notificados pela Secretaria Municipal da Saúde.
Além da suspensão das visitas, nesse período não serão recebidos presos da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e nem de outros estabelecimentos da SAP. A remoção de presos também está suspensa -- até mesmo em caso de transferências e apresentações judiciais. De acordo com nota oficial enviada pela SAP, somente ocorrerão remoções para assistência médica ou administrativa em caráter emergencial.
A secretaria não informou quantos presos estão com a doença. No entanto, no CDP de Hortolândia, por conta do pequeno número de casos, os doentes estão isolados na enfermaria da unidade. Já no CDP de Campinas, assim que é detectado um caso de conjuntivite, o preso é isolado em cela específica no pavilhão, por um período de 14 dias, tempo estipulado para o tratamento. As visitas que comparecerem às unidades nos finais de semana não terão contato com os detentos, mas poderão depositar os materiais permitidos. No CDP de Americana, desde o começo do ano, a conjuntivite ati ngiu 337 presos. O surto foi detectado pela primeira vez em 18 de fevereiro e naquela data 98 detentos estavam com conjuntivite, mas a doença se espalhou na unidade.
No CDP de São José do Rio Preto e na Penitenciária de Presidente Prudente também foram detectados casos de conjuntivite. Após atendimento médico, os detentos são isolados. Os casos diagnosticados foram notificados às equipes da Vigilância Sanitária dos locais, que compareceram para a coleta de materiais. Em todos os casos, a secretaria disponibilizou álcool em gel, soro fisiológico e gazes para higienização.
De acordo com o último levantamento da Secretaria de Estado da Saúde, de 15 de março, foram notificados 18,4 mil casos de conjuntivite nos municípios paulistas. Nos três primeiros meses do ano passado foram registrados 32,6 mil casos da doença. Segundo avaliação do Centro de Vigilância Epidemiológica, a maioria dos casos deste ano é de origem viral, com facilidade de transmissão. O tratamento de conjuntivite é simples: basta lavar os olhos com água fervida e gelada, lavar sempre as mãos, evitar coçar os olhos, trocar as fronhas do travesseiro diariamente e evitar locais com aglomerações.
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