GCM preso por matar secretário de Osasco vai para 'presídio dos famosos'

O guarda civil municipal Henrique Marival de Souza, preso após matar o secretário-adjunto de Segurança, Adilson Custódio Moreira, na prefeitura de Osasco (SP), foi levado para o "presídio dos famosos", em Tremembé, no interior de São Paulo. O local é conhecido por abrigar presos por crimes considerados midiáticos.

O que aconteceu

O preso deu entrada na Penitenciária 2 de Tremembé nesta quarta-feira (8). A informação foi confirmada ao UOL pela SAP (Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo). A pasta não passou mais detalhes sobre a chegada de Henrique na unidade prisional.

O presídio conta com uma ala, a P2 de Tremembé, que é chamada em São Paulo de "unidade VIP" por abrigar presidiários portadores de diploma de curso superior, policiais e ex-policiais, agentes e ex-agentes penitenciários, além de detentos condenados por crimes que tiveram grande repercussão na mídia.

Tremembé conta, atualmente, com 296 presos. A capacidade da penitenciária é de 348 pessoas, sendo 188 vagas destinadas aos detentos em regime fechado e 48 aos que cumprem pena no semiaberto.

Presos em Tremembé

Ex-jogador de futebol Robinho é um dos presos em Tremembé. Robinho foi transferido para a unidade prisional após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) homologar decisão da Justiça italiana em 20 de março. Ele foi condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo praticado em 2013. O ex-jogador nega ter cometido o crime.

Foto de Robinho feita ao ingressar no sistema prisional
Foto de Robinho feita ao ingressar no sistema prisional Imagem: Reprodução

Além do jogador, Cristian Cravinhos, condenado a 38 anos pelos assassinatos de Manfred e Marísia Richthofen, pais da ex-cunhada Suzane, está na unidade. O casal foi morto em outubro de 2002 na residência na zona sul paulistana. Suzane ficou 20 anos presa e está no regime aberto desde janeiro de 2023.

Cristian Cravinhos
Cristian Cravinhos Imagem: Reprodução/Record TV
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Fernando Sastre de Andrade Filho também está na penitenciária. Ele é condutor do Porsche envolvido na colisão que matou o motorista de aplicativo Ornaldo dos Santos Viana e deixou um ferido, em 31 de março de 2023, no Tatuapé, zona leste de São Paulo.

Foto de Fernando Sastre
Foto de Fernando Sastre Imagem: Reprodução

Lindemberg Alves Fernandes, condenado por matar a namorada Eloá Pimentel, 15, em outubro de 2008, também está detido no presídio dos famosos. Ele foi condenado a 39 anos de prisão. Antes de matar a adolescente, ele a manteve refém por mais de 100 horas num apartamento em Santo André (SP).

Lindemberg Alves, condenado pela morte de Eloá Pimentel, em 2008
Lindemberg Alves, condenado pela morte de Eloá Pimentel, em 2008 Imagem: Leandro Moraes/UOL - 13.fev.2012

A unidade também já abrigou Mizael Bispo, condenado a 22 anos e 8 meses pela morte da ex-namorada Mércia Nakashima. Ele foi solto em agosto de 2023. Além dele, Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão pela morte da própria filha, Isabella, também ficou detido no local, mas foi solto em maio de 2024, assim como o ex-seminarista Gil Rugai, que cumpriu pena pelas mortes do pai e da madrasta em 28 de março de 2004, em Perdizes, zona oeste paulistana.

Relembre o caso

O Guarda Civil Municipal, Henrique Marival de Souza, atirou e matou o secretário-adjunto de Segurança da cidade de Osasco, na segunda-feira (6). O crime ocorreu após um desentendimento entre o guarda e o secretário, no fim de uma reunião no Paço Municipal.

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Autor dos disparos se entregou às 19h32 —após duas horas de negociação. Depois da atuação do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais), o homem deixou o prédio da prefeitura.

Adilson começou a trabalhar na Prefeitura de Osasco na gestão de Rogério Lins, que geriu o município de 2016 até 2024. O profissional foi mantido pelo novo prefeito, Gerson Pessoa, que assumiu há menos de uma semana.

Ele virou secretário de segurança de Osasco em junho de 2018. Adilson deixou o cargo em 2019, quando o atual chefe da secretaria, José Virgolino de Oliveira, assumiu o cargo. Desde então, ele era secretário-adjunto da pasta.

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